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Cidades

"Jamais perdi a esperança", diz pedreiro que recebeu transplante de medula óssea

Dezoito estão à espera de medula óssea no Estado


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Uma pneumonia foi o primeiro sinal de alerta que levou ao diagnóstico de leucemia mieloide aguda do pedreiro Jucimar Gonçalves, de 43 anos. Morador de São Gabriel da Palha, ele foi o segundo paciente do Estado a receber um transplante de medula óssea, em março de 2020.

Imagem ilustrativa da imagem "Jamais perdi a esperança", diz pedreiro que recebeu transplante de medula óssea
Jucimar Gonçalves teve leucemia Uma pneumonia foi o primeiro sinal de alerta que levou ao diagnóstico de leucemia mieloide aguda do pedreiro Jucimar Gonçalves, de 43 anos. Morador de São Gabriel da Palha, ele foi o segundo paciente do Estado a receber um transplante de medula óssea, em março de 2020. Acervo pessoal |  Foto: © Divulgação/Acervo pessoal

Ele recebeu a doação do próprio irmão, com quem compartilha total compatibilidade de medula óssea. Em entrevista ao jornal A Tribuna, Jucimar revela a alegria de ter a oportunidade de recomeçar a vida, a gratidão pela equipe responsável pelos cuidados médicos e os desafios durante os meses entre o diagnóstico e o transplante.

A Tribuna: Qual foi o primeiro sentimento ao descobrir a necessidade do transplante?

Jucimar Gonçalves: Eu não estava preparado. Sempre pensamos em buscar uma vida melhor, mas, diante de uma situação dessas, ficamos paralisados. Foi como se levasse um choque. E os médicos também não me deram uma posição clara. Disseram: ‘Estamos começando uma partida agora, estamos nos 10 minutos do primeiro tempo, e vamos ver o que podemos fazer nesse jogo’.

Isso fez você perder a esperança?

Jamais perdi a esperança! Minha fé foi fundamental. Minha mãe, meus irmãos e toda a minha família me ajudaram muito.

Essa superação mudou a sua visão sobre a vida?

Sem dúvida. Passo a olhar o outro de uma forma mais sensível. Eu não posso fazer mal ao próximo, porque o próximo me salvou. Primeiramente Deus, claro. Hoje, eu penso duas vezes antes de falar alguma coisa que possa machucar o próximo.

Qual apelo você deixaria a alguém que pode se tornar doador?

Sua doação pode salvar vidas. A compatibilidade entre doação e receptor é muito rara, e, por isso, é necessário aumentar o banco de doares de medula óssea. Por favor, pensem gentilmente sobre isso.

Dezoito estão à espera de medula óssea no Estado

Para pacientes que lutam contra a leucemia, os linfomas, as anemias graves e outras doenças hematológicas, encontrar um doador de medula óssea é mais do que uma necessidade: é a única esperança para a vida. No Estado, 18 pessoas estão à espera pela doação e sonham com a possibilidade de cura.

O número é do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Embora não pareça uma situação de emergência, de acordo com médicos, a chance de se encontrar um doador compatível é de uma em cada 100 mil, no caso de pessoas que não são parentes.

Em razão desta dificuldade, entre hoje e o próximo dia 21, ocorre a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. O coordenador do Serviço de Onco-Hematologia e Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas do Hospital Santa Rita de Cássia, Marcelo Aduan, argumenta sobre a necessidade de engajamento social em torno da doação.

“É fundamental aumentar o número de doadores, especialmente entre os mais jovens. Apenas pessoas com até 35 anos podem se cadastrar como doadoras. Isso significa que precisamos de mais jovens engajados”.

O cadastro de potenciais doadores de medula óssea é rápido, fácil e seguro: basta comparecer a uma unidade do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado (Hemoes) com um documento de identificação e colher uma amostra de sangue, explica a diretora-técnica do Hemoes, Soraya Ferreira de Almeida.

“A cultura de doação de medula óssea não é consolidada no Brasil. Para muitos pacientes, não há opção de tratamento, ou seja, a única chance de vida é o transplante de medula”.

É o que também alerta o coordenador da residência de Hematologia do Hucam, Marcos Daniel Santos. “A doação é segura e não oferece qualquer risco para o doador, afinal, as células-tronco da medula óssea se retroalimentam com muita intensidade. O doador não sentirá falta. Não é como doar um rim, por exemplo”.

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