História da Polícia Civil pelo olhar de um delegado
Custódio Castellan, que está aposentado, traz em seu novo livro informações sobre a corporação no Brasil entre 1808 e 1889
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Com a chegada da família real portuguesa no Brasil, surge a necessidade de criar uma instituição voltada para ações da justiça e da segurança pública da Coroa. E assim começa a história da Polícia Civil brasileira.
É por essa história que o delegado aposentado Custódio Serati Castellan leva o leitor em seu mais novo livro, “Polícia Civil Brasileira de 1808 a 1889. Polícia Civil, Instituição de Estado. 215 anos de História”, que foi divulgado com exclusividade em entrevista no TribunaLab antes mesmo do lançamento oficial da obra.
“Sempre me angustiava não encontrar nenhuma literatura, do ponto de vista científico, sobre a história da Polícia Civil do Espírito Santo. Depois que me aposentei, fui fazer um mestrado e um doutorado em Lisboa, Portugal, e aprendi o caminho da pesquisa”.
Ele conta que depois 18 anos de serviço na corporação, foi impulsionado a fazer pesquisa sobre a Polícia Civil do Espírito Santo.
“Depois que lancei o livro dessa pesquisa, dei um passo atrás, no sentido cronológico, e resolvi buscar a origem da polícia no seu início, até a República, e é o que relato nesse livro. Naquela época, o Brasil ainda não era federado, então a polícia tinha um comando único”, conta.
Custódio explica que a admiração pela corporação começou a crescer a partir do momento em que se tornou policial em um concurso em 1982. “Entrei na Polícia Civil muito jovem, em busca de um emprego. Mas passei a conhecer aquele universo e a admirar a profissão”.
Sua carreira foi marcada por alguns casos emblemáticos, como quando prendeu um acusado de mando de homicídio no Mato Grosso, enquanto estava de férias.
“Até escrevi um livro sobre esse caso. Estava de férias na região do Poconé, no Mato Grosso, área de muitos garimpos, e fiquei sabendo que esse procurado estava na região. Me articulei com o delegado local e prendemos ele lá no Mato Grosso. Continuei minhas férias em Rondônia e, quando voltei, o criminoso estava preso no Estado”.
Ele conta que o criminoso ofereceu uma mala cheia de ouro para que ele pudesse desistir da prisão e que o curioso nessa história é que o secretário de Segurança na época tinha pedido que ele fosse para o Sul do País atrás de uma pista desse caso.
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