Feira exibe tecnologias usadas contra crimes
Câmeras corporais, sensores, detectores, drones e softwares de reconhecimento facial são alguns dos destaques do evento

A tecnologia está cada vez mais atrelada à vida no século 21. E com as forças de segurança não seria diferente. Equipamentos como câmeras corporais, drones, sensores, detectores e até softwares de reconhecimento facial auxiliam no serviço da Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Científica no combate ao crime e no salvamento de pessoas.
A 3ª edição da Conexão Ciência – Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que começou na quarta-feira (3) e vai até sexta-feira (5), no Parque da Cidade, na Serra, apresenta algumas tecnologias. O evento é aberto ao público.
De acordo com o subsecretário de Comando e Inovação da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Guilherme Pacífico, a participação no evento tem dois objetivos. “O primeiro é demonstrar que as forças de segurança estão antenadas com a tecnologia, que ela faz parte do dia a dia da atividade policial”.
Além de reforçar a modernização, a feira também busca inspirar jovens e estudantes para o futuro. “É uma oportunidade para que eles conheçam como é a atividade policial, do Corpo de Bombeiros e das forças de defesa social, podendo até se inspirar em suas escolhas”.
Manuela Caniçali, 53 anos, pedagoga, e Dankeli Meire, 39 anos, professora, conheceram um pouco sobre como é o trabalho dos peritos na cena de um crime. Regis Farani, perito criminal, reforçou que para que tudo funcione, é necessário tanto uma tecnologia de ponta quanto um profissional habilitado.
Bruno Lamas, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, diz que os resultados são concretos. “Queda de homicídios, recordes de apreensão de drogas e prisão de foragidos. Investimos na Polícia Científica, na Polícia Civil, no cerco eletrônico, em totens de reconhecimento facial e em equipamentos”.
Sensor de vida

Utilizada pelo Corpo de Bombeiros, a tecnologia auxilia na busca por sobreviventes. Wylace Barbosa, cabo da corporação, explica que ele capta o som, por exemplo, caso alguém esteja soterrado. “Em algum desabamento, desastre, em que haja a suspeita de vítimas soterradas, a gente consegue ouvir, de uma forma bem apurada, qualquer ruído abaixo do solo”, explica.
Serviço
3ª Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação
- O quê: Feira interativa com startups, palestras e experiências. São 92 expositores apresentando mais de 40 projetos.
- Quando: A feira teve início na quarta-feira (3) e acontece até sexta-feira (5), sempre das 14 horas às 21 horas.
- Onde: Parque da Cidade, na rua Anchieta, Serra.
As Tecnologias
Câmeras corporais
Além de registrarem as ações dos agentes em tempo real, oferecem recursos como rede de comunicação própria em operações, botão de emergência para georreferenciar a localização do policial e transmissão de imagens em tempo real para os comandos.
Outra inovação é a integração com sistemas de reconhecimento facial e leitura de placas.
Panorama
Atualmente, o Espírito Santo conta com 250 câmeras em projeto-piloto, distribuídas entre a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Científica.
A expectativa do governo é lançar um edital para aquisição de até 4.800 câmeras, abrangendo todas as forças de segurança, incluindo o Corpo de Bombeiros.
Reconhecimento facial
A tecnologia de reconhecimento facial começou a ser implementada por meio do Cerco Inteligente, sistema que utiliza câmeras espalhadas em todo o Estado e em ambientes públicos.
Só nos ônibus da Grande Vitória já são 500 equipamentos instalados.
As imagens captadas são confrontadas com bancos de dados civis e criminais, permitindo a identificação de mandados de prisão em aberto e a geração de alertas automáticos para as forças de segurança.
Drone

O equipamento pode ser utilizado de várias formas pelas forças de segurança. Para a Polícia Científica, especificamente no Departamento de Perícias Ambientais, o drone é uma ferramenta fundamental.
Nínive Soares, perita criminal da polícia científica, conta que o levantamento aéreo com o drone permite uma visualização melhor da área.
“A gente consegue identificar, por exemplo, atividade potencialmente poluidora, construído alguma coisa sem licença, desmatamento, entre outros”, ressaltou.
Softwares e inteligência
Entre os softwares de destaque está o próprio Cerco Inteligente, que transforma imagens faciais ou de placas veiculares em dados matemáticos comparados a bancos de dados de interesse da segurança pública.
Esses algoritmos operam sem viés de raça, cor, credo ou condição social, oferecendo resultados objetivos.
Imagens

Leone Mageschi, cabo do Corpo de Bombeiros, diz que um outro equipamento utilizado pela equipe é um bastão extensível com uma câmera acoplada na ponta, que é utilizada também para auxiliar no salvamento e resgate.
“Em uma área de difícil acesso, a gente consegue fazer um furo, por exemplo, e passar o bastão até o local onde desejarmos, para identificar se existe alguma vítima ali, evitando assim novos perigos”, explicou.
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