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Fala Doutor

Câncer de pênis: Higiene básica evita doença que causa amputação

O câncer de pênis foi responsável por 459 mutilações do órgão no ano passado, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia


Imagem ilustrativa da imagem Câncer de pênis: Higiene básica evita doença que causa amputação
Gustavo Ruschi Bechara , Uro-Oncologista |  Foto: Aquiles Brum / AT

Falar da saúde masculina ainda é um tabu. Esse cuidado é ignorado por muitos homens. Ao contrário das mulheres, que frequentemente vão ao médico e dão mais atenção ao corpo, os homens, muitas vezes, não se atentam. 

Essa falta de cuidado pode ter consequências na vida adulta: O câncer de pênis, por exemplo, que é uma doença mutilante, afetou 1.933 homens de janeiro a novembro de 2022, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 

Foram 459 amputações do órgão durante todo o ano. Hábitos de higiene, como lavar as partes íntimas com água e sabão, podem evitar a doença.

O Uro-Oncologista Gustavo Ruschi Bechara, doutor em Urologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e  vice-presidente da regional capixaba da Sociedade Brasileira de Urologia, à convite de A Tribuna esteve no Tribuna Lab para falar sobre a doença, tratamento e principais formas de prevenção. 

“Embora seja uma doença que acometa mais pacientes idosos, a partir dos 50 e 60 anos, também pode afetar jovens. Esse tipo de câncer tem um impacto físico, psicológico e social muito grande”, alerta o médico.

Assista aqui a entrevista com o especialista

 

Tribuna Online
 

Leia a entrevista completa aqui

A Tribuna - Quais as características do câncer de pênis?

Gustavo Ruschi Bechara - No câncer de pênis o diagnóstico é feito, basicamente, pelo exame físico. Ele pode se manifestar como uma lesão vegetante (com crescimento perceptível a olho  nu) ou verrucosa, normalmente localizada na glande, cabeça do pênis, ou no prepúcio, que é a pele que cobre a glande. E em algumas situações ele pode acometer o corpo peniano. Por isso é importante o homem ir ao urologista com certa frequência.

A doença pode ser confundida com uma infecção sexualmente transmissível?

Todo machucado que aparece na região do pênis deve ser avaliado pelo médico especialista, o urologista. Existem algumas infecções sexualmente transmissíveis (IST's) que podem confundir com o diagnóstico do câncer de pênis. 

Às vezes, o paciente tem uma verruga, HPV (Papilomavírus Humano),  herpes,  cranco duro ou mole, que são outras IST's que podem ser confundidas com o câncer de pênis.

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Qual a principal causa desse tipo de câncer?

Há vários fatores de risco: o tabagismo, a má condição nutricional, má condição de higiene local, processos inflamatórios crônicos associados à má higiene local,  pode evoluir com um câncer de pênis. 

Um fator de risco muito relacionado ao câncer de pênis é a inflamação pelo HPV. Existem vários subtipos de HPV, mais de 150, sendo que alguns são mais relacionados ao câncer de pênis.

Como prevenir esse tipo de câncer?

Se a pessoa para de fumar,  se tem uma higiene local adequada, feita com água e sabão; se há cuidado em relação às IST's, ela consegue prevenir o desenvolvimento do câncer de pênis. 

É importante também falar que hoje existe uma vacina do HPV  que é recomendada tanto para meninas e meninos, de 9 a 14 anos, que contém quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18).

Temos de ressaltar também sobre a fimose. Existem crianças que não conseguem expor a glande por completo, o que acaba acumulando uma secreção entre a glande e o prepúcio. Em uma fase mais avançada de idade, essa falta de higiene, pela dificuldade de expor a glande, acaba sendo um precursor do câncer de pênis. 

De que forma é feito o tratamento?

O câncer de pênis é uma doença mutilante, principalmente se não for diagnosticada precocemente. No diagnóstico inicial, a taxa de cura é superior a 90%, mas na fase mais avançada, a taxa gira em torno de 30% a 40%. Na fase inicial pode-se realizar tratamento tópicos, como se fossem cremes, ou terapia com laser. Tentamos sempre um tratamento que preserve o pênis do paciente.

Quando o paciente tem uma doença mais avançada, temos de fazer a remoção completa do órgão. Isso gera um impacto psicológico, físico e social muito grande para o homem.

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