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Anorgasmia atinge 25% das mulheres; entenda o problema

Especialista explica que a incapacidade de atingir o orgasmo pode ser causada por problemas emocionais e também físicos


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Imagem ilustrativa da imagem Anorgasmia atinge 25% das mulheres; entenda o problema
Anorgasmia, a incapacidade de atingir o orgasmo, atinge 25% das mulheres |  Foto: Imagem ilustrativa/Canva

Falar sobre a sexualidade ainda é um tabu, principalmente quando o assunto é o prazer feminino. Há mulheres que nunca experimentaram um orgasmo e podem até achar “normal” não ter, mas a anorgasmia (incapacidade de atingir um orgasmo) é um problema que afeta cerca de 25% das mulheres, apontam as estimativas.

Nicole Kuster Porpino, ginecologista e especialista em cirurgia íntima, conversou com a reportagem e explicou que a anorgasmia pode acontecer mesmo a mulher estando excitada e com estímulo.

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Nicole Kuster Porpino disse que a anorgasmia tem tratamento |  Foto: Acervo pessoal

“Pode acontecer sempre ou só em algumas situações. E não é frescura nem falta de vontade. É uma condição real e que merece atenção”, alerta.

Mas por que ter um orgasmo é tão importante? A Associação Brasileira de Estudos em Medicina e Saúde Sexual (ABEMSS) destaca que orgasmo tem efeitos positivos para o bem-estar físico e emocional, liberando endorfinas que proporcionam relaxamento e prazer. A falta desses efeitos pode contribuir para níveis mais elevados de estresse e ansiedade.

Porém, para sentir esse ápice do prazer sexual, não basta apenas toque físico ou penetração, destaca a ginecologista Nicole. “O orgasmo feminino não é só físico, ele envolve cabeça, coração e contexto”.

A Tribuna - Quais são as principais causas da anorgasmia em mulheres?

Nicole Kuster - São várias! Pode ser algo emocional, como ansiedade, estresse, baixa autoestima ou experiências traumáticas. Mas também pode ter fundo físico: alterações hormonais, problemas ginecológicos ou até dor na hora do sexo.

A anorgasmia pode ser causada por medicamentos, como antidepressivos ou anticoncepcionais?

Pode sim. Alguns antidepressivos podem atrapalhar a resposta sexual. E certos anticoncepcionais hormonais também podem diminuir o desejo e afetar o prazer. Mas isso varia de mulher para mulher.

Qual a diferença entre anorgasmia primária e secundária?

A primária é quando a mulher nunca teve um orgasmo na vida. Já a secundária é quando ela já teve, mas parou de ter por algum motivo. Saber disso ajuda bastante a entender o que está por trás do problema.

Por que algumas mulheres não conseguem ter orgasmo?

Porque o orgasmo feminino não é só físico, ele envolve cabeça, coração e contexto. Se a mulher está tensa, insegura, com pressa ou com culpa, é muito mais difícil. Se a mulher está tensa, com medo, se sente pressionada ou não está bem com o próprio corpo, isso pode bloquear o prazer.

Como a mulher pode saber se teve ou não um orgasmo?

O orgasmo costuma vir com contrações involuntárias na região íntima, uma sensação intensa de prazer, calor, alívio e até aquela vontade de dar uma risadinha depois. Mas cada mulher sente de um jeito. Se ficou na dúvida, talvez ainda não tenha acontecido, e tudo bem. Se conhecer é o primeiro passo.

O orgasmo feminino sempre vem acompanhado de “ejaculação”?

Não necessariamente. Mas em seguida a lubrificação aumenta bastante.

Existe anorgasmia masculina?

Existe sim! Embora menos comum, alguns homens também têm dificuldade de chegar ao orgasmo, mesmo com desejo e ereção. E, assim como nas mulheres, as causas podem ser físicas ou emocionais.

Como tratar a anorgasmia? Existem medicamentos ou tratamentos hormonais que ajudam?

Tem tratamento, sim! Pode envolver terapia, fisioterapia pélvica, mudanças de hábito e autoconhecimento. E em alguns casos, ajustes hormonais ou medicamentos específicos ajudam também. Cada mulher é única, então o tratamento precisa ser personalizado. Não existe uma “pílula do orgasmo”, mas há sim formas eficazes de melhorar a resposta sexual.

A anorgasmia tem cura? Que tipo de orientações você costuma dar para mulheres que nunca sentiram orgasmo?

Na maioria das vezes, dá para resolver, sim. O primeiro passo é parar de se culpar. Você não é “menos mulher” por isso. Se conhecer, se permitir sentir prazer, conversar com quem entende do assunto, tudo isso faz diferença. E sim, todas as mulheres podem, e merecem, ter orgasmos.

Dificuldade

Estímulo

Imagem ilustrativa da imagem Anorgasmia atinge 25% das mulheres; entenda o problema
|  Foto: Reprodução/Redes sociais

A atriz Deborah Secco, 45, revelou que já teve dificuldade para atingir o orgasmo com penetração. Segundo a atriz, na maioria das vezes, ela chega ao orgasmo com estímulo do clitóris.

“Eu tive, na vida, uma dificuldade com o orgasmo com penetração. O orgasmo vinha mais fácil com o estímulo do clitóris. Precisei de alguns anos, mas consegui descobrir uma forma de fazer ser possível com penetração”, contou em entrevista a uma websérie do canal GNT.

Fique por dentro

Clitóris – É um órgão erétil feminino, responsável pelas sensações sexuais.

Orgasmo – Pico de prazer sexual marcado por uma descarga de tensão e relaxamento.

Anorgasmia é quando a mulher tem dificuldade ou simplesmente não consegue chegar ao orgasmo, mesmo estando excitada e com estímulo.

Médicos afirmam que é preciso informar sobre a importância do estímulo do clitóris e esclarecer que o orgasmo pode acontecer com o movimento do pênis dentro da vagina ou com estímulo direto do clitóris, sendo este o que ocorre com a maioria das mulheres, e que ambas as formas são normais.

O bloqueio do orgasmo pode ser induzido pelo uso de medicamentos, tais como antidepressivos ou abuso de drogas, e/ou se há presença de doenças vasculares, neuropáticas, reumatológicas, entre outras (anorgasmia induzida por doença).

A pressão para atingir o orgasmo e a frustração decorrente da anorgasmia podem desencadear sentimentos de ansiedade, depressão e autoquestionamento.

Os números

55,6% de mulheres afirmaram, em pesquisa da USP, que têm dificuldade para chegar ao orgasmo.

59,7% afirmaram que sentem dor na relação.

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