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Cidades

Especialista alerta para incentivo à violência na internet

Há registros de menores de idade expostos a situações de importunação sexual, incentivo à automutilação e crueldade contra animais.


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Imagem ilustrativa da imagem Especialista alerta para incentivo à violência na internet
adolescente usa rede social pelo celular: comunicação pelas telas, com desafios on-line, na palma da mão |  Foto: Leone Iglesias/AT

Ferramenta de bate-papo e troca de mensagens, a plataforma Discord tem atraído crianças e adolescentes para as comunidades da rede social.

Entretanto, a presença de desafios extremos e conteúdos de violência, disseminados nas conversas, têm preocupado pais, responsáveis e especialistas na área.

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Há registros de menores de idade expostos a situações de importunação sexual, incentivo à automutilação e crueldade contra animais.

Em São Paulo, uma menina de 13 anos incendiou a própria casa enquanto realizava uma sessão de tortura de um gato. A cena era transmitida para outros usuários do grupo, que a incentivaram a cumprir o que eles consideram um desafio. 

A neuropsicopedagoga Mônica Guidoni lembra que a tecnologia assume um importante papel, inclusive na formação escolar, mas seu uso deve ser acompanhado de perto. “Os pais podem ser mediadores, mostrando a funcionalidade, os benefícios e os malefícios do aplicativo. Esta também é uma forma de estreitar os laços familiares”, disse.

A especialista pondera, por outro lado, que a redução do tempo de exposição às telas é importante para o desenvolvimento dos pequenos.

“As crianças têm deixado de brincar ao ar livre, e as telas têm assumido esse papel de comunicação e interatividade. É importante diminuir o uso das telas e criar uma rotina com horários adequados, até mesmo para evitar o vício tecnológico”, aconselhou.

Histórico

O aplicativo foi lançado em 2015 e ganhou popularidade durante o período de isolamento devido à covid-19, especialmente entre os jogadores de videogames, os chamados gamers.

Na plataforma, os usuários entram em grupos, a partir de interesses ou assuntos em comum, criando comunidades.

Para o psicólogo Gerson Abarca, a febre dos desafios não é exatamente uma novidade. 

“O ser humano sempre viveu de desafios, mas agora eles são on-line, dentro de aplicativos e na palma da mão”.

Para ele, a falta de controle e a substituição da interação presencial pela mediação da tecnologia têm afetado crianças e adolescentes. “A criança acredita que ali (no aplicativo) ela está gastando energia e tendo uma interação prática, o que não é verdade”, afirmou.

Um terço já foi alvo de assédio na plataforma, diz estudo

Um relatório de transparência da própria rede social Discord apontou que um terço (32,8%) dos usuários já foram alvo de assédio na plataforma. Outros 11% foram vítimas de crimes cibernéticos e 8% foram expostos a conteúdos gráficos, como violência explícita.

Para o professor da Unidade de Computação e Sistemas do Centro Universitário Faesa, Howard Roatti, além de manter o diálogo e monitorar as interações dos filhos nas redes, há mecanismos de proteção que pais e responsáveis podem se atentar.

“Alguns aplicativos de conversação e redes sociais já possuem mecanismos de filtragem e bloqueio de mensagens impróprias. Além disso, aplicativos como o Discord oferecem meios de indicar quem pode ou não adicionar em sua rede e encaminhar mensagens”.

Outro recurso são os softwares de controle parental, que permitem visualizar atividades realizadas em aplicativos, controlar o tempo de uso e bloquear determinados sites e aplicativos.

“O Google, por exemplo, disponibiliza o Google Family Link que possui um recurso similar, incluindo aprovação de instalação de aplicativos e tempo de uso”.

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Os aplicativos são ótimas ferramentas, mas é preciso saber utilizá-los Mônica Guidoni, Neuropsicopedagoga
 

entenda

Recurso de segurança pode ser usado

O que é?

O Discord é uma plataforma de comunicação, por meio de imagens, links, mensagens e bate-papo pelo microfone.

Lançada em 2015, a rede social ganhou mais adeptos durante o período de isolamento na pandemia de covid-19. Ela foi utilizada até por professores para ministrar aulas. 

Ganhou popularidade como ferramenta de comunicação entre os jogadores de videogame.

Como funciona?

Na plataforma são criados grupos, por meio de assuntos ou temas de interesse em comum, no qual os membros entram em um chat. São as chamadas comunidades.

Comportamentos para ficar de olho

Rejeição de refeições e hábito de adentrar à noite em razão do tempo dedicado ao aplicativo.

Isolamento social ou sentimento de tristeza.

Negação de estar em grupo ou de participar de atividades em família.

Na escola, há dificuldade de participar das atividades, em especial as que requerem interatividade.

Perda de potencial cognitivo, com baixo nível de interesse pela escola.

É perigoso o jovem ficar sozinho no quarto, por muitas horas, tendo apenas interações on-line Gerson Abarca, Psicólogo
 

Dicas para os pais

Converse com seus filhos sobre o uso responsável da internet.

Monitore as atividades on-line de seus filhos, incluindo quem eles adicionam como amigos e com quem conversam.

Estabeleça limites de tempo de uso e ensinar seus filhos a identificar e reportar comportamentos impróprios, incluindo assédio, bullying e outros crimes cibernéticos.

Segurança em rede

Ative recursos de privacidade e segurança, como filtros de conteúdo, bloqueio de mensagens indesejadas e senhas fortes. 

Utilize softwares de controle parental que permitem visualizar atividades realizadas em aplicativos, controlar o tempo de uso e bloquear determinados sites e aplicativos.

O Discord possui meios de indicar quem pode ou não adicionar em sua rede e encaminhar mensagens.

IPhone: ao cadastrar seu filho como membro da família, na aba Ajustes, já é possível configurar monitoramentos.

Android: o Google disponibiliza o Google Family Link que possui um recurso similar, incluindo a aprovação de instalação de aplicativos e o controle do tempo de uso.

Fonte: Especialistas consultados.

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