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Cidades

Emoção na volta às aulas após massacre em escola do ES

Alunos, professores e funcionários da escola Primo Bitti retomaram as atividades dois meses após ataque que deixou mortos e feridos


Imagem ilustrativa da imagem Emoção na volta às aulas após massacre em escola do ES
Alunos da Escola Primo Bitti, em Aracruz: início do ano letivo marcado por dor e luto, mas também por esperança. |  Foto: Fábio Nunes/AT

Com clima de saudade, tristeza e também esperança, teve início nesta quinta (02) o ano letivo na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti, em Coqueiral de Aracruz, Aracruz.

Sem aulas desde novembro, professores, estudantes e outros profissionais da unidade escolar se emocionaram com o reencontro na manhã de quinta-feira (02). 

No dia 25 de  novembro de 2022, a escola foi palco de um atentado brutal, provocado por um jovem de 16 anos. Por meio de disparos de armas de fogo, ele matou três professoras que trabalhavam no local e deixou outras pessoas feridas. 

Depois, já em uma escola particular, ele matou uma aluna. Nas duas escolas, o atentado deixou quatro mortos e 12 feridos.

“Esquecer, jamais. A gente viu as colegas morrendo, não tem como esquecer isso”, foi o que disse Ana Paula, professora de Inglês, com lágrimas nos olhos. Iguais a ela, estavam vários outros profissionais da educação e alunos durante o primeiro dia.  

Na volta às aulas, dois meses depois, o luto se mostrou presente. O retorno às atividades escolares deu espaço para palavras acolhedoras e abraços apertados, que foram distribuídos tanto por alunos quanto pelos professores da Escola Primo Britti. 

“Voltar é bom, porque a gente vê as pessoas que conseguiram sobreviver. É bom ver os amigos de novo. Mas sempre vem à mente a lembrança do ocorrido”, disse Wesley, estudante de 17 anos que esteve presente no dia do atentado.   

Michele Toniato, que ocupou o cargo de diretora da escola a partir de 26 de dezembro, afirmou que a unidade passou por mudanças para receber os alunos em 2023. O muro da entrada foi pintado de maneira colorida e com a palavra “Ressignificar”. 

Segundo ela, essa ação foi feita por conta de um estudo realizado com a equipe de psicólogos e assistentes sociais que trabalharam no atentado que ocorreu na escola de Suzano, em São Paulo, no ano de 2019. Fazer essa transformação seria algo positivo.  

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“Se a gente deixasse a escola exatamente do jeito que estava, as lembranças seriam muito fortes. A pintura do muro é para receber os estudantes de forma acolhedora”, explicou.

Para dar suporte às pessoas atingidas pelo massacre, a Secretaria da Educação (Sedu) trabalhou com o desenvolvimento de ações como assistência às famílias, acolhimento coletivo dos docentes, discentes e demais trabalhadores, readequação das atividades pedagógicas, entre outras. 


CRONOLOGIA DO MASSACRE


Primeiro atentado

O primeiro atentado aconteceu na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, em Coqueiral de Aracruz, Aracruz.

No dia 25 de novembro de 2022, um jovem de 16 anos chegou à escola, localizada na Avenida das Palmeiras, por volta das 9h30.

O atirador dirigia um veículo  Renault Duster dourado. O carro estava com as placas cobertas por um tipo de fita adesiva, para que não pudesse ser facilmente identificado.

Após quebrar um cadeado que mantinha o portão trancado, durante o intervalo das aulas, o jovem entro  pelos fundos da Escola Estadual  Primo Bitti. 

Ele estava armado com uma pistola ponto 40 e um revólver calibre 38, que seriam do pai do jovem, um policial militar.

Além disso, ele vestia roupas camufladas, incluindo um símbolo nazista no ombro.

Até o mês de julho de 2022, o jovem estudava na escola Primo Bitti.  

Dinâmica

Após estacionar o veículo e quebrar o cadeado do portão, o jovem foi diretamente à sala dos professores, que fica a cerca de 20 metros da entrada.

Quando invadiu o local, ele disparou contra vários professores: muitos ficaram feridos e duas professoras morrem na hora.

As vítimas fatais foram Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos, e Cybelle Passos Bezerra Lara, 45 anos. Posteriormente, a professora Flavia Amoss Merçon Leonardo, 38 anos, veio a óbito.

Segundo ataque

Depois do primeiro atentado, o jovem voltou ao carro e dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica a três minutos de carro da primeira escola.

Por lá, atirou em três alunos. Uma delas morreu:  Selena Sagrillo Zuccolotto, de 12 anos, que cursava o 6º ano do ensino fundamental.

O atirador chegou à segunda escola às 9h49, com arma em punho. O jovem abriu o portão da unidade, que estava encostado.

Sem encontrar obstáculos, ele entrou no colégio, subiu uma rampa e começou a procurar os alvos. 

Nas duas escolas, foram quatro mortos e 12 feridos.

Prisão

Cinco horas depois dos ataques, o jovem foi preso em sua casa de praia, em Marazul, também em Aracruz, em uma operação que contou com a parceria das forças de segurança. 

No dia 7 de dezembro, foi divulgada a decisão da Justiça: o jovem ficará internado por até três anos e passará por avaliação judicial a cada seis meses.

Fonte: Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e testemunhas.

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