Disputa entre jovens talentos da robótica
Etapa estadual da Olímpiada Nacional contou com 90 equipes de escolas públicas e particulares em provas práticas e teóricas
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Aprender a trabalhar em grupo, solucionar problemas e compartilhar informações. Essas são algumas das habilidades desenvolvidas pelos alunos que participaram neste sábado (20) da etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) 2024, no Sesi Jardim da Penha, em Vitória.
A competição contou com 90 equipes do Espírito Santo, sendo 39 equipes do Sesi ES, e as demais de escolas públicas e particulares.
“Os alunos se tornam protagonistas dessa jornada. Nossos estudantes estão disputando uma vaga para competir a etapa nacional que vai ser em novembro em Goiás”, disse a gerente do Sesi Educação, Ana Karina de Abreu.
Os alunos foram testados em duas modalidades: prática e teórica. Na competição prática, cada participante pode optar entre uma das provas presenciais: Robótica de Resgate ou Robótica Artística.
Na Resgate, os robôs passaram por uma rampa para acessar o local onde havia bolinhas pretas que simbolizam pessoas em risco. Eles deviam resgatá-las, passando por barreiras e levando-as em segurança para o ponto final.
Na artística, o estudante devia usar a criatividade e fazer uma apresentação de dança, teatro, mágica, entre outros, com os robôs.
A vice-coordenadora nacional da OBR, Carmen Santos, contou que a olimpíada é um projeto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A analista de Educação no Sesi, Sheila Dias Ribeiro, destaca que para muitas crianças o torneio é o primeiro contato com a tecnologia. “Eles ficam envolvidos”.
O professor do Ifes de Colatina Julio Cesar Vendramini faz parte da equipe que orientou os estudantes que estão neste final de semana na Holanda, disputando o mundial. “O importante é que esses alunos estão conhecendo outras pessoas, outras ideias e aprendendo a tratar os problemas”, disse.
O robô criado por Niara Anjos, 11, Lara Gaigher, 12, e Sophia Lauriano, 12 anos, se movimenta de acordo com as cores na pista e até gira. “O braço do robô faz o movimento que lembra a dança do filme ‘Curtindo a vida adoidado’”, contam Niara e Lara.
Experiências
Impressão 3D
Criado pelos alunos do Ifes Colatina Arthur Ferreira Guedes, 16 anos, Bernardo Dias de Souza, 17, e José Acácio de Alvarenga Valandro, 16, o robô tem as “garras”, o suporte, o portão traseiro e o para-choque feitos com impressão 3D.
Os estudantes começaram a trabalhar no planejamento, desde maio, mas contaram que foi no último mês que o projeto ganhou a forma que tem para participar da olimpíada.
O robô é da modalidade resgate. “Eu modelei ele de um jeito que não tem força da esteira, porque a esteira é um pouquinho maior”, disse Arthur.
Criatividade com Lego
No Sesi Linhares, Robótica é uma atividade extracurricular. Os alunos Vinícius Soares, 15, Danilo Fazolo, 16, e Mateus Souza Parma, 16, desenvolveram um robô de Lego que supera os obstáculos na arena e resgata as vítimas (bolinha do isopor) e as deposita num triângulo na área da arena.
“Usamos o kit lego e adaptamos com uma pilha. A programação é pelo computador ou bluetooth, e funciona com dois sensores de cor que leem as cores da pista”, diz Mateus.
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