Dia do Médico: Paixão pela medicina que transforma vidas
Reportagem do jornal A Tribuna conversou com profissionais para celebrar a data, comemorada nesta sexta-feira (18)
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Guiados pelo desejo de cuidar, os médicos dedicam-se a compreender, tratar e, muitas vezes, devolver a esperança a seus pacientes. Combinando ciência, empatia e persistência, esses profissionais impactam diretamente o bem-estar de pacientes.
E não para por aí: além dos anos de estudo até a formação, há ainda as atualizações que devem ser quase que diárias.
O ginecologista e obstetra Márcio de Oliveira Almeida, 59, sabe bem o que é isso. Professor de ginecologia e obstetrícia da Emescam, médico há 36 anos, ele tem acompanhado e estudado a evolução nos cuidados com a saúde feminina.
CEO da Bluzz Saúde, há 30 anos também atua como gestor de operadora de saúde, mas nunca deixou de exercer a medicina. A paixão pela especialidade “nasceu” após acompanhar um parto.
“Foi amor à primeira vista, no começo da minha vida de estudante. Nunca tive dúvidas. Até hoje faço partos, já perdi a conta de quantos partos eu fiz”.
Em todos esses anos, ele acompanhou diversas mudanças na saúde feminina. “Tivemos mudanças nos cuidados, diagnósticos e vacinas, que evoluíram bastante e melhoraram a saúde da mulher, principalmente a vacina de HPV, para câncer de colo uterino. Mas os hábitos de vida das pacientes, principalmente os alimentares, pioraram”, observa.
Com tantos anos de experiência na medicina, ele deixa uma mensagem para os colegas de profissão: “Os médicos não podem perder a essência de serem médicos”.
É essa essência que fez Denis Soprani Pereira, 38 anos, perseguir o sonho de se tornar um médico. Há quatro anos ele realizou o sonho de se formar, após ter trabalhado por 12 anos como enfermeiro.
Ele chegou a fazer um mestrado em Saúde Coletiva , mas viu que era a medicina que mexia com seu coração. Filho de mãe costureira e pai eletricista, Denis teve de conciliar dois serviços – plantão durante a noite e aos fins de semana inteiros – para realizar seu sonho. Durante o dia, ele cursava Medicina. “Isso me proporcionou condições de pagar o curso”.
Hoje, como médico generalista, ele dá plantões no Hospital Evangélico e faz residência de Neurocirurgia no Hospital Estadual Central. Atualmente faz estágio, pela residência, no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (antigo São Lucas).
Uma família apaixonada pela oftalmologia
É pai, é irmão, é filho. Na família Vieira Gomes, a maioria escolheu seguir um caminho na medicina: a oftalmologia. Essa estrada começou com Cesar Ronaldo, no final de 1973, quando ele se formou na primeira turma de Medicina da Emescam.
“Eu escolhi por um encanto. Eu era estudante na Santa Casa e tinha um serviço de oftalmologia muito bom. Gostei muito da especialidade, considero ela bonita até hoje”, destaca. Em sua casa, os filhos Cesar Ronaldo Filho, 46 anos, e Renato Vieira, 46 anos, também seguiram pelo mesmo caminho.
Todos trabalham juntos no Hospital de Olhos de Vitória. “Começou com uma clínica e hoje está todo mundo trabalhando junto. Nós fizemos um hospital”, ressalta.
Com mais de 50 anos de profissão, Cesar viu sua especialidade se transformar por causa da tecnologia avançada.
“Nessas décadas mudou praticamente tudo. Você consegue ter diagnósticos fenomenais por causa de aparelhagem”.
Cesar não foi o único que viu essa transformação. Logo depois dele, o irmão, com quem também trabalha, escolheu essa especialidade.
Anacleto Vieira Gomes, de 69 anos, tem mais de quatro décadas de medicina. “Eu sempre gostei muito de física e ótica, e quando passei pela oftalmologia percebi que tinha muito disso e me interessei”.
Ele relata que já viveu muitas mudanças nesses anos, por exemplo, nas cirurgias. “Hoje tem cirurgia que é feita em 10 minutos. Antigamente a gente demorava duas horas. Nesses 45 anos, a tecnologia evoluiu muito”.
Juntos, os cinco membros da família Gomes Vieira, incluindo Pedro Três, de 29 anos, filho de Anacleto, têm mais de 142 anos de medicina.
Influência de professor
Salvar vidas
O cirurgião geral e do aparelho digestivo Gustavo Peixoto, 51 anos, entrou na faculdade de Medicina aos 16. Apesar das dúvidas sobre qual especialidade seguir, um dos seus professores teve influência sobre sua decisão. “Meu professor Olívio Louro Costa era o chefe da cadeira de cirurgia. Via ele operando e pensei: quero ser igual a esse cara, bem fera, que entra em campo e salva vidas”.
O cirurgião, referência em cirurgia da Best Senior, já realizou, com sua equipe, 516 transplantes, sendo que ele esteve presente em, pelo menos, 172. “Bariátrica fizemos cerca de 6 mil, além de cirurgias de câncer, vesícula e de aparelho digestivo. O que mais me motiva na cirurgia é ver o transformar de vidas”.
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