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Cidades

Descobertas pré-históricas em Castelo vão ser expostas em museu

São fósseis de animais que viveram em Castelo entre 13 mil e 42 mil anos atrás, como tigre-dente-de-sabre e preguiça-gigante


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Imagem ilustrativa da imagem Descobertas pré-históricas em Castelo vão ser expostas em museu
Gruta do Limoeiro, onde os fósseis foram encontrados, fica localizada em Castelo, no Sul do ES |  Foto: Divulgação/Prefeitura de Castelo

Testes realizados nos Estados Unidos em fósseis encontrados na Gruta do Limoeiro, em Castelo, na região Sul do ES, confirmaram que pertencem a animais pré-históricos que habitaram a região entre 13 mil e 42 mil anos atrás. Após a descoberta, a prefeitura pretende criar um museu na cidade para expor as peças.

A análise, conduzida por especialistas da Beta Analytic com uso de radiocarbono, revelou fósseis de um tigre-dente-de-sabre, que viveu na região há cerca de 34.700 anos, de uma preguiça-gigante, datada em aproximadamente 14 mil anos, e de um toxodonte, animal que podia pesar até 2,3 toneladas e existiu há 42 mil anos.

De acordo com especialistas, esses mamíferos faziam parte da megafauna do Pleistoceno, período do Quaternário da era Cenozoica, que se estendeu de 2,5 milhões a 12 mil anos atrás.

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Ossos do tigre que viveu na região há cerca de 34.700 anos. Ele tinha caninos que mediam até 30 centímetros |  Foto: Divulgação/Prefeitura de Castelo

O gerente do Departamento de História Natural da Prefeitura Municipal de Castelo, José Neves, informou que os trabalhos começaram no ano passado, conduzidos por pesquisadores das universidades federais do Espírito Santo e da Bahia, chamados à cidade assim que os fósseis foram encontrados.

“A descoberta do tigre-dente-de-sabre em território capixaba é inédita”, destacou.

Pesquisador da Universidade Federal da Bahia, Mário Dantas afirmou que foram identificados fósseis de cinco animais pré-históricos na caverna.

“Essa é a maior gruta do Espírito Santo e a primeira ocorrência de megafauna em cavernas no Estado. Isso é muito relevante. Encontramos fósseis de cinco espécies: três preguiças-gigantes de tamanhos variados – uma de 3,4 toneladas, outra de 900 quilos e a menor com 240 quilos –, um toxodonte, e o que mais chama atenção, o tigre-dente-de-sabre”, detalhou.

Os pesquisadores também localizaram sepultamentos humanos com mais de 4,5 mil anos antes de Cristo. A Gruta do Limoeiro é considerada o principal sítio arqueológico do Espírito Santo.

“Foi um trabalho tranquilo. Os fósseis estavam na superfície, então não houve necessidade de escavação. Há muito tempo materiais são resgatados aqui, mas nunca com foco científico”, acrescentou Dantas.

A gruta já foi palco de outras descobertas significativas, incluindo vestígios de povos antigos que habitaram a região há milênios.

Saiba mais

Preguiça-Gigante (Megatherium spp.)

Imagem ilustrativa da imagem Descobertas pré-históricas em Castelo vão ser expostas em museu
Osso da preguiça-gigante |  Foto: Divulgação/Prefeitura de Castelo

Desapareceu no final da última Era do Gelo, possivelmente devido a mudanças climáticas e à caça por humanos. Podia atingir 4 toneladas, comparável a um elefante atual.

Chegava a 6 metros da cabeça à cauda.

Tigre-dente-de-sabre (Smilodon spp.)

Apesar do nome, não era um tigre, mas um felino da subfamília Machairodontinae, sem descendentes diretos entre os felinos modernos.

Variava entre 200 e 400 kg, semelhante a um leão moderno, mas mais robusto.

Media cerca de 2,5 metros de comprimento, com uma altura de 1,2 metro na cernelha (região entre os ossos do ombro e a base do pescoço).

Seus caninos mediam até 30 cm, sendo sua principal arma para caçar.

Toxodonte (Toxodon platensis)

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Osso do toxodonte: animal era ágil |  Foto: Divulgação/Prefeitura de Castelo

Podia pesar cerca de uma tonelada, semelhante a um rinoceronte moderno. Media aproximadamente 2,7 metros, com uma altura de 1,5 metro na cernelha.

Apesar do corpo pesado, era um animal ágil e bem adaptado a terrenos úmidos.

Apesar da aparência semelhante à de um rinoceronte ou hipopótamo, seus parentes mais próximos são os pequenos mamíferos da ordem Notoungulata, que não têm representantes vivos.

Fonte: Ufes.

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