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Cidades

Decisão do STF: mitos e verdades sobre uso da maconha

Ministros decidiram que pessoas flagradas com até 40 gramas de maconha devem ser tratadas como usuárias e não como traficantes


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Imagem ilustrativa da imagem Decisão do STF: mitos e verdades sobre uso da maconha
Walter Fagundes destacou diferenças entre usos medicinal e recreativo |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Em meio às discussões a respeito da descriminalização do porte da maconha, médicos tiram dúvidas sobre o que é mito e o que é verdade com relação ao uso da droga.

Diretor da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo, o psiquiatra José Luis Leal de Oliveira disse ser verdade a afirmação de que a maconha pode levar pessoas a transtornos mentais.

“O risco é aumentado para todas as idades, mas os efeitos são mais dramáticos durante a infância e adolescência”, alertou.

Ele apontou como um mito, no entanto, a ideia de que a maconha pode levar o usuário a uma overdose e matar por uso exagerado.

O coordenador do grupo de pesquisa Geneuro, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Walter Fagundes, destacou as diferenças entre o uso medicinal e recreativo da maconha. O ponto em comum é que a medicina canábica também tem como base a planta Cannabis sativa.

“A diferença é que os remédios (líquido, cápsulas, óleos, cremes, pomadas e gomas de mascar) são produzidos de forma industrial, com concentrações e apresentações que permitem ao médico fazer o cálculo adequado da dose de acordo com a doença que está sendo tratada, o peso e a idade do paciente”, disse Fagundes, que é neurocirurgião pós-graduado em Medicina Canabinoide.

Já a maconha utilizada para fins recreativos, acrescentou, é adquirida de forma clandestina, com composição exata ignorada, sendo fumada em cigarros.

Tire suas dúvidas

1- Maconha causa dependência química

VERDADE. O médico nefrologista João Chequer, que é PhD em dependência química, explica que a maconha causa dependência química, assim como álcool, o cigarro e outras drogas. No entanto, ele ressalta que a dependência não é tão grave quanto o crack.

2- Maconha é a porta de entrada para outras drogas

MITO. Segundo o diretor da Associação Psiquiátrica do ES (Apes), o médico psiquiatra José Luis Leal de Oliveira, de acordo com a teoria da Porta de Entrada, as dependências das drogas ilícitas têm início com o uso de drogas lícitas como nicotina e álcool e, em seguida, com os solventes, sendo a maconha comumente usada antes dos derivados da cocaína.

3- Substância pode “queimar” neurônios

MITO. Não há qualquer indício de que a maconha possa queimar neurônios, ressalta o médico nefrologista João Chequer.

4- Maconha pode provocar overdose e matar por uso consumo exagerado?

MITO. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), não há evidências de morte por overdose pelo uso de maconha, ressaltou o nefrologista João Chequer.

5- Maconha pode levar a pessoa a transtornos mentais

VERDADE. O psiquiatra José Luis Leal de Oliveira afirmou que, especialmente quando utilizada durante a infância e adolescência – fases cruciais ao neurodesenvolvimento –, o consumo aumenta o risco de comprometer a cognição e facilitar o desenvolvimento de psicoses, transtorno de humor e ansiedade.

6- Cigarro é mais prejudicial ao corpo que a maconha

VERDADE. O cigarro tem potencial de vício e de morte maior que a maconha. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco mata 8 milhões de pessoas por ano.

O médico psiquiatra José Luis Leal de Oliveira explicou, no entanto, que, como a maconha geralmente é fumada sem filtro, o risco de desenvolvimento de câncer e enfisema pulmonar é maior do que o oferecido pelo tabaco.

7- Maconha medicinal e maconha recreativa são a mesma coisa

MITO. O neurocirurgião, pós-graduado em Medicina Canabinoide e coordenador do grupo de pesquisa Geneuro (da Ufes), Walter Fagundes, explicou que a medicina canábica tem como base a planta Cannabis sativa (maconha).

A diferença, segundo ele, é que os remédios (líquidos, cápsulas, óleos, cremes, pomadas e gomas de mascar) são produzidos de forma industrial, com concentrações e apresentações que permitem ao médico fazer o cálculo adequado da dose de acordo com a doença que está sendo tratada, o peso e idade do paciente.

Além disso, essas medicações extraídas da maconha têm componentes específicos da planta, por exemplo CDB, THC, CBN e CBG.

Já a maconha para uso recreativo, aponta, é adquirida de forma clandestina, com composição exata ignorada, sendo fumada em cigarros.

8- Maconha é mais forte hoje do que era no passado

VERDADE. O médico psiquiatra José Luis Leal de Oliveira ressaltou que hoje em dia há uma concentração no mínimo de 8% a 12% de THC, contra 4% nas maconhas consumidas antigamente. Ele pontuou que isso decorre do aprimoramento genético e do cultivo a fim de entregar aos consumidores mais THC.

9- O efeito da maconha é o mesmo para todos

MITO. Especialistas afirmam que depende de cada um e do ambiente em que é consumida.

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