X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Covid aumentou em 40% o número de mortes maternas no 1º ano da pandemia

No total, 549 mortes maternas foram provocadas pelo Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19


Um novo estudo brasileiro concluiu que em 2020, primeiro ano da pandemia, houve um aumento de 40% no número de mortes maternas no país comparado a anos anteriores. No total, 549 mortes maternas foram provocadas pelo Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19.

Mas esse incremento observado durante a crise sanitária não foi somente advindo diretamente da doença. Já era esperado que a Covid causasse um excesso de mortes, termo utilizado para se referir ao número que supera o que é visto normalmente. No entanto, uma parcela de 14% das morte maternas extrapola o que se estimava para a situação atípica da emergência de saúde.

Imagem ilustrativa da imagem Covid aumentou em 40% o número de mortes maternas no 1º ano da pandemia
Covid-19 aumentou o número de mortes maternas |  Foto: Reprodução/Canva

O ponto é um indicativo de que a pandemia causou um impacto indireto no sistema de saúde e, consequentemente, entre gestantes e puérperas, como na dificuldade de atendimento ao pré-natal.

Para uma morte ser considerada materna, o óbito precisa ocorrer durante a gravidez, no parto ou em até 42 dias após o parto. Outro ponto é que a causa da morte precisa ter alguma relação ou ter sido agravada pela gestação.

O novo estudo é mais um que demonstra como o Brasil passa por um crescimento nos números de mortes maternas. O cenário dificulta a meta de reduzir o índice desse tipo de óbito até 2030, considerando os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas).

Publicada na revista BMJ Pregnancy and Childbirth, a pesquisa foi feita pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz. Dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) foram utilizados para estimar o número esperado de mortes maternas em 2020, enquanto informações do Sivep-Gripe (Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe) serviram de base para calcular a quantidade de mortes relacionadas de maneira direta com a Covid.

De início, os pesquisadores mensuraram a quantidade de mortes maternas ocasionadas pela Covid-19, número que foi comparado com os registros de anos anteriores. Também foi possível calcular o excesso geral do total de mortalidade no caso de mortes maternas em 2020.

Leia mais:

Fiocruz estuda remédio antiviral contra covid-19

OMS diminui período de isolamento para pacientes com Covid

Jovem é internada para dar à luz e acaba com punho e mão amputados

Ao observar o número de mortes maternas durante o ano de 2020, a maior parte delas ocorreu entre abril e agosto e, depois, entre outubro e dezembro.

Os autores explicam que o pico da Covid-19 no Brasil durante o primeiro ano da pandemia foi em junho. Para efeito de comparação, nesse mês, houve um aumento de 56% das mortes maternas comparado ao que se esperava ao observar os dados dos anos anteriores.

O estudo também averiguou o perfil de mortes maternas considerando algumas variáveis sociais. Concluiu-se, por exemplo, que o risco de registrar uma morte materna era maior entre mulheres negras, naquelas que viviam em zonas rurais ou que precisavam se deslocar para outra cidade a fim de ter assistência médica.

Essa observação condiz com o fato de que mortes maternas têm uma forte relação com desigualdades sociais. Os autores citam que, na literatura, já é sólida a percepção de que o incremento das mortes entre gestantes e puérperas está associado com o aumento de pobreza e fome, por exemplo.

Os autores, então, chamam atenção para o fato de que a alta taxa de excesso de mortes maternas no primeiro ano da pandemia é um sinal da falha em ter um sistema de saúde apto a suprir as necessidades de saúde de gestantes e puérperas. A melhoria do cenário, no entanto, não depende só do Brasil.

"Uma solução requer o envolvimento da comunidade internacional já que isso afeta o desenvolvimento global", escrevem os autores no artigo.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: