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Cidades

Como se preparar para envelhecer de maneira saudável

Idas ao médico duas vezes ao ano, além de exercícios regulares e alimentação natural, são algumas das medidas mais adotadas


Imagem ilustrativa da imagem Como se preparar para envelhecer de maneira saudável
É preciso cultivar hábitos saudáveis para garantir a qualidade de vida na terceira idade |  Foto: © Divulgação/Canva

Se preparar para uma longevidade saudável tem de ser um planejamento para uma vida toda, segundo os especialistas no assunto. 

O levantamento feito pela Empresa Júnior da Universidade Vila Velha (Ejuvv) em parceria com o jornal A Tribuna perguntou aos  entrevistados como eles estão  se preparando para o envelhecimento saudável. 

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Idas ao médico pelo menos duas vezes ao ano (88,8%),  exercícios regulares (79,1%) e alimentação saudável (63,3%)  são algumas das medidas mais adotadas.

“Acredito que o brasileiro está se preparando melhor para o envelhecimento do que há 20 anos. Estamos envelhecendo de forma mais ativa.  Mas  é preciso entender que o envelhecimento não começa quando se torna idoso. Esse planejamento tem de fazer parte de uma construção de vida”, defende a geriatra Ronny Roselly Domingos.

A consciência de que o preparo tem de ser a longo prazo é o que falta hoje para a sociedade brasileira, segundo o psicólogo Antônio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade. 

“Ainda é necessário que a população brasileira construa uma maior consciência sobre o preparo a longo prazo, para garantir uma velhice saudável e com bem-estar. E são vários aspectos com os quais se preocupar: finanças, saúde física, saúde mental, relações sociais, cuidados e adaptação da própria residência, entre outros”, salienta o psicólogo. 

E completa ainda: “Além disso, aspectos da vida cotidiana tornam muitos brasileiros imediatistas, sem ter uma preocupação de planejar suas vidas a longo prazo”.

Mas é importante lembrar que nunca é tarde para melhorar os hábitos e tomar decisões que possam ajudar a planejar melhor a velhice. “Independentemente da idade em que se está, fazer escolhas melhores pode garantir mais bem-estar nessa etapa”,   ressalta Antônio. 

O levantamento da Ejuvv mostra ainda que, apesar da preparação pensando em um envelhecimento saudável, 74,9% dos entrevistados não se sentem saudáveis.

A nutricionista Rafaela Brito  lembra que a  saúde não é a ausência de doenças, mas sim o bem-estar  e a saúde integral.

“Quando a gente potencializa a cultura alimentar, por exemplo, a gente potencializa o modo de viver, a gente traz uma representação, a gente se reconhece através da alimentação. É o momento em que a pessoa se  sente pertencido, representado. E isso para a  saúde emocional, o bem-estar físico e emocional é muito importante”, destaca.


Rejuvenescimento

Saúde para aproveitar a vida

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Nina Garuffi mantém uma vida saudável para chegar com saúde na terceira idade |  Foto: Roberta Bourguignon

Prestes a completar 52 anos, a empresária Nina Garuffi pedala, faz musculação, joga beach tennis e busca, com uma alimentação saudável, chegar na terceira idade com saúde para aproveitar a vida.  

Ela conta que há 5 anos tinha uma idade metabólica de 75 anos, e depois de emagrecer 22 kg, a balança apresenta um rejuvenescimento. “Fiquei 28 anos sem praticar esporte e voltei há cinco anos, hoje a balança me dá 39 anos, e é nela que acredito”, brinca Nina.


Opiniões

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"É importante que em todas as etapas da vida os hábitos sejam saudáveis para ter uma velhice com qualidade”, afirma Monique Simões, assistente social |  Foto: © Divulgação
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"Aceitar envelhecer não é desistir de uma vida gratificante e sim se permitir aproveitar o melhor dela”, diz Naira Delboni, psicóloga |  Foto: © Divulgação
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"A velhice saudável não significa não ter doenças e sim ter autonomia, independência e participação social”, pondera Hilma Khoury, doutora em psicologia |  Foto: © Divulgação
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"Independente da idade em que se está, fazer boas escolhas pode garantir mais bem-estar na velhice”, conclui Antônio Leão, psicólogo |  Foto: © Divulgação

Valorização da juventude

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Hagata Tortoretto: “Envelhecer não precisa ser sofrido, doloroso” |  Foto: © Divulgação

O levantamento feito pela Empresa Júnior da Universidade Vila Velha (Ejuvv) em parceria com o jornal A Tribuna mostrou que a maioria dos entrevistados pensa sobre o envelhecimento (88,8%), mas têm medo sobre o futuro (54,4%), está apavorado em envelhecer (13,9%) ou acha assustador  envelhecer (6,4%). Apenas 25,7%  dizem que estão bem com isso. 

“Envelhecer não precisa ser sofrido, doloroso e nem solitário. Podemos encontrar a alegria diante de todas as fases da vida, entendendo que cada uma traz consigo novos aprendizados e experiências”, destaca a psicóloga Hagata Tortoretto. 

Desde a antiguidade se fala nas poções da juventude, ilustrando o medo de envelhecer, como lembra a doutora em psicologia Hilma Khoury.

“Entre os mais jovens, há uma preocupação com a aparência.  Já entre os mais velhos esse medo está muito relacionado à perda da funcionalidade e, consequentemente, ficar dependente dos outros. Penso que há uma rejeição à ideia de se tornar  velho e essa rejeição faz com que muitas pessoas ajam como se isso nunca fosse acontecer com elas. Consequentemente, não se preparam”.

Para o psicólogo Antônio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade, a valorização da juventude é que traz o medo de envelhecer. “Temos medo de perder a vitalidade, de ser deixados à margem da sociedade e de perder nossa contribuição social e nosso propósito de vida”.

A psicóloga Naira Delboni enfatiza, no entanto,  que aceitar envelhecer não é  desistir  de uma vida gratificante, de aprendizados e descobertas. “É poder se permitir aproveitar ao máximo o estágio dessa nova fase da vida”.


Tendência entre idosos é morar em casas compartilhadas

O alto custo de viver sozinho, muitas vezes combinado à solidão, tem estimulado a população idosa a optar por viver em uma casa compartilhada. Há uma tendência sendo percebida e em alguns países há um movimento para adotar o novo  formato de moradia para idosos  como política pública. 

Na Espanha, por exemplo, o conceito de “cohousing”, ou em tradução livre, coabitação, já existe e até  ganhou campanha da Confederação Espanhola de Organizações de Idosos. 

Nesse tipo de habitação, cada um vive com privacidade em sua casa, mas é possível compartilhar ambientes coletivos, como cozinhas e lavanderias, entre outros.

“É uma nova estratégia de moradia que permite criar um ambiente comunitário que se adapte às necessidades atuais e futuras dos moradores. A tendência é que as pessoas comecem a se agrupar e compartilhar habitação”, diz a gerontóloga Marília Berzins, presidente do Observatório da Longevidade Humana e do Envelhecimento (Olhe).

No Brasil, existem algumas experiências desse novo conceito, como, por exemplo, a República dos Idosos, uma iniciativa da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Santos. 

Em São Paulo, há o programa Vida Longa, que atende idosos desde 2009, e  o Palacete dos Artistas, de 2014. Existem ainda o Condomínio Cidade Madura, na Paraíba, e o Viver Mais, no Paraná.

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