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Cidades

Celular só vai poder ser usado nas escolas em casos de emergência

Nova lei também estabelece que os aparelhos possam ser usados, com supervisão dos professores, para fins pedagógicos


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Imagem ilustrativa da imagem Celular só vai poder ser usado nas escolas em casos de emergência
Na Escola Siena, em Bairro de Fátima, Serra, já havia orientação aos alunos de que os aparelhos celulares não deveriam ser usados no ambiente escolar. O diretor geral da escola, José Geraldo Gaurink Dias, disse que, para o início do ano letivo, as orientações devem ser reforçadas com a nova lei. “Não temos grandes problemas com relação a esse uso inadequado. Os aparelhos ficam guardados na mochila”. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Agora é lei: o uso do celular está proibido nas escolas públicas e privadas em todo o País, até mesmo em horários de recreio e intervalos. Entre as exceções para a restrição estão os casos de emergência.

A nova lei, sancionada na segunda-feira (13) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também estabelece que os aparelhos possam ser usados para fins pedagógicos, com a supervisão dos professores.

Um decreto, que sairá em até 30 dias, vai regulamentar a nova legislação, para que passe a valer no início do ano letivo, em fevereiro.

A comunicóloga, educadora e terapeuta Carla Afonso salientou que já está mais que comprovado, por inúmeros estudos científicos e pesquisas, os impactos nocivos do uso excessivo de telas. “Na prática, atuando em sala, consegui identificar gerações que estão com dificuldade de vocabulário, de interação e respeito às regras por conta de excesso de tempo e de acesso a conteúdos inadequados”.

No Espírito Santo, o Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou que o uso do celular nas escolas é regido por meio de uma portaria que permite o uso como ferramenta didática.

Além disso, o Regimento Comum das escolas estaduais estabelece que o uso inadequado do aparelho pode gerar advertência.

A Sedu destacou que aguarda o posicionamento do Ministério da Educação, que está preparando materiais de orientação para a implementação das novas regras.

O presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado (Sinepe-ES), Moacir Lellis, destacou que, como toda lei, a orientação é que ela seja cumprida. “De forma geral, as escolas particulares já restringem o uso do celular, com uso somente para fins pedagógicos”.

Ele acrescentou que, para o início do ano letivo, as escolas poderão reforçar orientações e fazer ajustes quanto a regras. “Nesse caso elas têm autonomia para definir como vão se adequar”.

Ele destacou que, na sua avaliação, é preciso pensar em formas também de alertar para o papel da família na relação do uso da tecnologia. “Não podemos deixar de pensar no tempo de tela em casa”.

A presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, destaca que, como próximo passo, seja discutida a possibilidade de desenvolvimento de competências para que crianças e adolescentes se tornem agentes autônomos no uso dessas ferramentas de forma saudável em outros ambientes.

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TIRE SUAS DÚVIDAS

1. O que diz a lei sancionada?

A lei limita o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de todo o País. Segundo o texto, a nova lei proíbe o uso de smartphones durante a aula, mas também no recreio ou nos intervalos entre os cursos.

2. Para quais etapas de ensino há proibição?

A regra vale para a educação básica, ou seja, da pré-escola, até o ensino fundamental e ensino médio.

3. Os alunos serão proibidos de levar o celular para a escola?

Não. O projeto de lei diz que apenas o uso do celular é proibido, sem especificar a proibição da posse do aparelho.

Na prática, especialistas acreditam que as escolas e redes poderão estabelecer regras complementares. Por exemplo, a determinação de que fiquem desligado, ou em algum lugar específico dentro da escola.

4. O aluno pode usar o aparelho para atividades da escola?

Sim. O projeto aprovado também possibilita o uso de aparelhos eletrônicos pessoais em sala de aula para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor.

Outra possibilidade de uso é para garantir a acessibilidade e a inclusão; além do uso para atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar “direitos fundamentais” dos alunos.

5. Estudantes poderão usar o celular para falar com a família?

A lei não especifica como deve ser a comunicação com os responsáveis.

No entanto, a nova lei admite que o uso dos celulares nas escolas seja restrito a situações excepcionais, como emergências, necessidade de saúde ou força maior.

Especialistas destacam que as escolas e redes podem especificar também protocolos de comunicação com as famílias. Pode estabelecer se a comunicação com os responsáveis poderá ser feita apenas com a escola ou pelos aparelhos pessoais.

6. Os aparelhos poderão ser usados nos intervalos das aulas?

Não. A nova lei proíbe o uso de aparelhos eletrônicos durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas.

O objetivo dos legisladores, nesse caso, é que a proibição nesses horários possibilite maior interação social e habilidades emocionais de crianças e adolescentes.

7. Alunos com algum tipo de deficiência poderão usar seus dispositivos de tecnologia assistida?

Sim. O documento prevê que os estudantes podem usar dispositivos para garantir a acessibilidade e a inclusão, além de atender às condições de saúde dos estudantes e garantir os direitos fundamentais.

8. Quando a lei começa a valer?

Após a sanção de Lula, o projeto ainda precisa ser regulamentado.

O ministro da Educação, Camilo Santana, informou que as orientações para aplicação da norma serão traçadas ainda neste mês, mas as escolas já poderão implementar as regras a partir de fevereiro, no início do próximo ano letivo.

Também será definido um período para adaptação das redes de ensino.

9. Como será a fiscalização?

O ministro Camilo Santana destacou que os detalhes operacionais, como o local de armazenamento dos celulares (mochilas ou áreas específicas), vão depender da estrutura e da capacidade de fiscalização de cada escola.

Ele destacou que a ideia é permitir o uso apenas para fins pedagógicos e evitar o uso individual fora das disciplinas escolares.

Segundo especialistas, eventuais sanções, como advertências ou recolhimento do aparelho, por exemplo, também devem seguir as orientações das unidades ou redes. A legislação não traz regras específicas com relação a medidas.

10. Porque a lei foi criada?

O relator do projeto no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), destacou estudos do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que indicam os impactos negativos do uso excessivo de smartphones.

Segundo o relatório de 2022, alunos que passam mais de cinco horas diárias conectados obtiveram, em média, 49 pontos a menos em Matemática do que aqueles que utilizam os dispositivos por até uma hora.

No Brasil, 80% dos estudantes relataram distrações durante aulas.

Fonte: Especialistas consultados e pesquisa A Tribuna.

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