Capixabas conquistam o ouro em festival de dança
Karolline Tristão e Danilo Salamank se deram bem no Festival de Joinville, considerado o maior festival de dança no mundo
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A arte capixaba está sendo reconhecida mundialmente! Pelo quinto ano consecutivo, a escola Balé da Ilha, fundada em Vitória, ganhou o primeiro lugar no Festival de Joinville, considerado o maior festival de dança do mundo.
O prêmio foi conquistado na categoria Duo Neoclássico, com a coreografia “Quizás - A espera de uma resposta que nunca se concretiza”, e emocionou toda a plateia, afirma a coreógrafa e professora de balé Patrícia Miranda.
Os bailarinos Karolline Tristão e Danilo Salamank alcançaram 9,82 pontos com a apresentação, e também foram vencedores na mesma categoria em 2024, com a dança “Canção Fria”.
A dançarina diz que, além da vitória, sente que conseguiu transmitir sentimento e emocionar o público.
“Vencer o maior festival de dança do mundo é motivo de orgulho para qualquer grupo. E mais do que conquistar o primeiro lugar, sentimos que conseguimos chegar ao coração das pessoas, emocionar, transformar e conectar com a nossa arte”.
Karolline conta que a preparação para o espetáculo foi intensa, e que, apesar do tempo limitado, aproveitou para treinar da melhor forma possível.
“Ensaiávamos três vezes por semana, porque também nos dividíamos em outras funções. Eu sou universitária e também professora no Balé da Ilha. Mas, mesmo com menos tempo do que gostaríamos, aproveitamos com qualidade para ensaiar”.
O bailarino Danilo afirma que sente gratidão, e conta que a coreografia fala sobre relacionamentos amorosos.
“A história fala sobre estar em um relacionamento cheio de dúvidas, onde as decisões dos parceiros são sempre colocadas em questão. Dançamos com alma e no propósito de contar essa história, e acredito que tocamos o público e os jurados com a nossa dança e verdade. Vencer o festival significa que estamos no caminho certo como comunicadores e artistas, estou muito feliz”.
A coreógrafa Patrícia Miranda diz que tem o cuidado de desenvolver o potencial humano através da arte.
“O público deseja ver coisas que as emocionam, e vejo que, através do nosso trabalho, as pessoas sentem emoção e poesia”.
Ela destaca ainda que o segredo das vitórias é trabalhar em conjunto para mostrar a capacidade dos dançarinos, e que o Espírito Santo está mostrando potência na arte para o Brasil e para o mundo.
“Nosso Estado é um celeiro de grandes talentos. Por vezes somos invisibilizados por estarmos ao lado de capitais com grandes polos culturais, mas pouco a pouco estamos mostrando nossa força criativa e nossa potência na arte”, reforçou.
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