Capixaba de 9 anos é escolhido na maior seleção de bailarinos do País
Daniel Viana, de 9 anos, conquistou uma das 20 vagas masculinas da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville
O capixaba Daniel Viana, de apenas 9 anos, foi aprovado na seletiva da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville (Santa Catarina). Natural de Guarapari, o bailarino conquistou uma das 20 vagas masculinas que garantem formação completa na instituição, que mantém no Brasil a única filial fora da Rússia. O resultado foi divulgado no último sábado.
Daniel vai se mudar para Joinville em 2026. Durante os oito anos de formação, os alunos têm uma rotina intensa de estudos, com cinco horas diárias de aulas de balé, acesso a fisioterapeutas e academia, além de disciplinas complementares, como artes, piano e idiomas.
“É uma emoção muito grande e sei que é a chance de ouro para a vida dele. Vamos nos preparar durante o verão para viajar no início do ano que vem”, contou a mãe de Daniel, Caroline Viana.
Reconhecida como a maior escolha de bailarinos do País, a seletiva do Bolshoi reuniu este ano cerca de 400 crianças de diferentes estados para disputar 40 vagas, igualmente divididas entre meninos e meninas.
“Em abril, ele foi aprovado na primeira etapa no Rio de Janeiro, e essa foi a etapa final”, explicou a mãe. Além da apresentação de balé clássico, os candidatos passaram por exames médicos, provas de Português e Matemática e testes de musicalidade. Caroline lembra que o filho se emocionou ao receber o resultado. “É o sonho dele. Ele ficou em prantos”, relatou.
A aprovação na Escola Bolshoi representa mais um marco na trajetória de Daniel, que neste ano conquistou cinco bolsas de estudo em instituições renomadas do exterior — quatro nos Estados Unidos e uma na Argentina. Com a nova etapa, ainda não está definido se ele participará dessas experiências internacionais.
A professora de dança Viviane Lima, do Studium Korpus, onde Daniel iniciou as aulas, conta que o talento do menino ficou evidente desde o início, quando ingressou como bolsista do projeto social Educadança.
“Percebemos o potencial e ampliamos a bolsa, que era apenas para o balé, para outras modalidades, como jazz e sapateado.”
Ela o define como um aluno dedicado e detalhista. “Nós ensinamos muita técnica, e ele entendeu que não se trata apenas de se movimentar, mas de compreender e executar os movimentos da forma correta. Ele se empenhou para aprender isso”, destacou a professora.
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