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Cidades

Capixaba de 2 anos já sabe ler e até fazer contas

Ravi Antônio conta até 20 e compreende o significado das palavras. O pequeno surpreendeu os pais com suas leituras


Imagem ilustrativa da imagem Capixaba de 2 anos já sabe ler e até fazer contas
Daython Lírio e a mulher Kênia Almeida, ao lado do filho Ravi, pensaram que ele tinha memorizado as palavras. |  Foto: Roberta Bourguignon

Sem nunca ter ido à escola, um capixaba, de  2 anos, mostrou que sabe ler e fazer contas e surpreendeu os pais, a confeiteira Kênia Almeida Brambati, 30, e o pintor Daython Lírio dos Santos, 32. 

A emoção foi tanta que os dois, que moram em Guarapari, gravaram um vídeo do pequeno Ravi Antônio Brambati para mostrar aos familiares, e depois publicaram na internet, onde viralizou. 

Tudo começou na hora de dormir, há cerca de seis meses. 

“Estávamos na cama desenhando para acalmá-lo antes de dormir. Quando eu escrevi o nome dele, ele leu 'Ravi'. Eu perguntei como ele sabia, e o pai disse que já tinha reparado que ele estava lendo. No outro dia,  encontrei uma lista de nomes e pedi que ele lesse, e ele foi lendo tudo. Mesmo assim eu achei que ele pudesse ter memorizado as palavras”, lembra a mãe. 

Ravi começou a ler placas na rua. No supermercado, lia  rótulos, começou a falar as cores, a contar até 20 e fazer contas, como 2+2.

Foi então que uma fonoaudióloga pediu que a mãe escrevesse  palavras e deixasse o objeto que as correspondia por perto, para Ravi pegar o que estava lendo e saber se ele também conseguia identificar o significado das palavras. 

“Escrevi banana e ele pegava a banana. Ele nunca foi à escola e foi tudo em casa, mas sem eu ensinar, porque não estava na hora ainda”.

Ravi foi diagnosticado com  hiperlexia,  a aquisição espontânea e precoce da habilidade de leitura que ocorre antes dos 4 anos. 

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Outro sintoma comum de crianças com hiperlexia é a dificuldade da linguagem e comunicação. “Ele demorou um pouco a falar e, por isso, eu já tinha levado Ravi até a fonoaudióloga. Ele tem uma amiguinha da mesma idade, e ela já falava com 1 ano e 2 meses. Ele passou a falar  com 1 ano e 6 meses e só vem evoluindo”. 

Antes de falar, ele  era mais quieto, tímido. “Depois ficou mais levado e 'danou' a falar e, em seguida, a ler. Foi tudo muito rápido”.

A mãe agora pretende buscar ajuda de um neuropediatra para fazer uma avaliação, a fim de identificar se ele tem um grau elevado de QI, que é o Quociente de Inteligência. “Muitas pessoas falam que ele pode ser superdotado, mas ainda não confirmamos”, completou.

Por que ele aprendeu tão cedo?

A hiperlexia, diagnóstico de Ravi, pode  acontecer junto com a superdotação ou não, segundo especialistas e é a causa de ele ter aprendido a ler tão cedo. Somente uma avaliação de Quociente de Inteligência, o  QI, feito a partir dos 2 anos e meio, pode identificar a superdotação – Ravi já tem 2 anos e 7 meses. 

Neuropsicólogo e especialista em Altas Habilidades e Superdotação, Damião Silva esclarece que, por conta da antecipação dessa leitura, é preciso buscar especialistas.

“O próximo profissional que os pais precisam procurar é um neuropsicólogo, para fazer uma avaliação neuropsicológica completa e entender esse comportamento atípico do filho, além de uma fonoaudióloga de linguagem com experiência em testagem de inteligência e de outras habilidades cognitivas”, esclarece o profissional. 

A leitura antes dos 4 anos, segundo Damião, já é tratada como hiperlexia por ser uma alteração que permite à criança uma facilidade enorme para lidar com a memorização de letras e números. 

Esse distúrbio ocorre em idades  precoces; geralmente, bem antes da fase habitual de alfabetização.

“Esta fase  acontece depois dos 4 anos, mas é comum encontrar casos de bebês de 18 meses, 2 e também 3 anos que já consigam identificar esses símbolos e, até mesmo, ler uma palavra inteira. Mas uma pessoa com hiperlexia pode não ser considerada superdotada por conta dessa 'facilidade' citada”.

Quando analisada mais detalhadamente, pode ter um alto QI, ressalta o neuropsicólogo.

“Agora ele também começou a falar inglês”

Depois que o pequeno Ravi Antônio começou a ler, aos 2 anos de idade, a mãe Kênia Almeida Brambati, 30, percebeu que o conhecimento não foi limitado às palavras em português. O menino já fala algumas palavras em inglês, sabe contar até 20 e passou a fazer pequenas contas de somar. 

A Tribuna - Como percebeu que ele passou a somar?

Kênia Almeida Brambati - Ele conta até 20 e aprendeu sozinho. Depois, começou a somar também. Ele responde a cálculos como 2+2, 3+2. Ele responde com clareza que é 4 e 5. Eu comecei a gravar os vídeos porque ele faz isso com facilidade quando se sente à vontade.

E o inglês, como identificou?

Ele começou a se interessar por inglês com a série do Blippi, que passa na TV e pela internet. Primeiro, ele assistiu tudo em português e, depois, começou a assistir em inglês, e passou a falar  inglês. 

Ele já sabe todas as cores em inglês, e foi o que eu pude identificar, já que não temos a fluência em inglês. Ele fala uma palavra, eu tento identificar, e traduzo para entender. Ele fala  cores e objetos em inglês.

Ele gosta de desenhar e surpreende com tudo?

Ele consegue também identificar as figuras geométricas e consegue desenhar também. Mas sem muita coordenação motora. Ele desenha 'carinha' feliz e fica superanimado com as descobertas. E, nós, cada vez mais surpresos com tudo que ele vai nos mostrando que sabe.


Saiba mais 


Pais devem ficar atentos a sinais

Capacidade

As crianças superdotadas possuem capacidade de aprender muito acima do comum para sua idade. Elas aprendem sozinhas, só de ouvir ou ver, sem muitas explicações. 

O primeiro passo para identificar o Quociente de Inteligência (QI) elevado é observar as características de aprendizado, e posteriormente levar aos especialistas na área, como psicólogo, neuropsicólogo e psicopedagogo.

Sinais

Os pais precisam ficar atentos se o filho expressa ideias e reações de forma argumentativa, explicando o que pensa, e com um vasto vocabulário. 

As crianças com QI elevado se envolvem com as coisas do seu interesse de maneira natural e mostram alto poder de concentração nessas atividades.  

Os primeiros testes podem ser feitos em crianças acima de 2 anos e 6 meses e, quando consideradas superdotadas, precisam ser direcionadas para a educação especial, onde vão desenvolver suas potencialidades com direitos previstos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases.

Fonte: Especialista consultado e pesquisa A Tribuna.

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