Cão morre em voo e empresa aérea suspende transporte de pets por 30 dias
Caso é o segundo em menos de um mês
Escute essa reportagem
Na última quinta-feira (14), um cão da raça American Bully morreu ao ser transportado pela companhia aérea Latam, no porão, em um voo entre Guarulhos e Aracaju. A nutricionista Giulia Conte, irmã do tutor, contou o caso nas redes sociais, e culpou a empresa pelo óbito.
O laudo, segundo a aérea, mostra que o cachorro morreu por asfixia por roer a caixa em que era transportado, mas afirma ter seguido os protocolos para transporte de animais. Após o ocorrido, a Latam suspendeu a venda para o transporte de pets no porão das aeronaves pelos 30 próximos dias para o mercado brasileiro.
A nutricionista afirmou, nos stories de seu perfil no Instagram, ser "mais um caso de morte animal por causa da Latam". Seu vídeo contando sobre o caso conta com mais de cinco milhões de visualizações no Instagram.
Ela afirma que a empresa exigiu que o cão fosse levado ao aeroporto pelo menos três horas antes do embarque, e levou-o às 8h da manhã para o voo que partiria às 12h30, do Aeroporto de Guarulhos rumo ao Aeroporto de Aracaju. Desde a chegada ao local, o animal teria sido acomodado dentro da caixa em que seria transportado.
Em nota, a aérea diz que o laudo emitido pela clínica veterinária que atendeu o cão mostra que ele roeu o kennel de madeira em que estava e se asfixiou, mas pontua que "o kennel estava em concordância com o processo de transporte de animais e de grande porte da Latam".
A tutora diz que foi alertada por pessoas próximas a não enviar o cão pela companhia, por conta de casos anteriores, e decidiu compartilhar nas redes sociais porque "pode ser que isso mude a forma como os animais são transportados e evite que isso aconteça com outros animais", pontuou, no Instagram.
A aérea ressalta, em nota, que "já vinha fazendo uma análise profunda de todos os procedimentos deste tipo de transporte, e neste lamentável evento cumpriu todos os processos de forma correta".
Segundo caso em um mês
Essa não é a primeira vez que o incidente acontece na empresa. No dia 21 de setembro, o filhote de Golden Retriever, de apenas 2 meses e 4 dias, morreu em um voo da Latam. Em entrevista ao Tribuna Online, a tutora do animal, a universitária capixaba Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, pediu justiça e culpou a empresa aérea pelo ocorrido.
Segundo Gabriela, o filhote, que recebeu o nome de Zyon, foi embarcado pela equipe responsável do canil de origem do animal, no aeroporto de Guarulhos, por volta das 13 horas, com destino ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Porém, horas depois do desembarque, o animal acabou morrendo.
Outro lado
Confira a nota completa:
A LATAM Airlines Brasil está consternada com o ocorrido ao cão da raça American Bully, o Weiser, transportado na tarde de 14 de outubro de 2021, entre o aeroporto de Guarulhos - São Paulo para o aeroporto de Aracaju - Sergipe e que chegou ao destino em óbito.
Em laudo emitido pela clínica veterinária que atendeu o Weiser, foi observado que ele roeu o kennel de madeira em que estava e se asfixiou. O Kennel estava em concordância com o processo de transporte de animais e de grande porte da LATAM.
A LATAM já vinha fazendo uma análise profunda de todos os procedimentos deste tipo de transporte, e neste lamentável evento cumpriu todos os processos de forma correta. Diante deste cenário, a empresa decidiu neste momento suspender a venda para o transporte de PETS no porão das aeronaves nos 30 próximos dias para o mercado brasileiro. O cliente que já adquiriu o serviço em questão poderá seguir com o transporte de forma regular, postergar sem custo ou então optar pelo reembolso em nossos canais de atendimento.
A Latam está acompanhando o caso e segue à disposição para prestar toda a assistência aos tutores do cão.
Comentários