Brasil envia equipes de resgate e medicamentos para Turquia após terremoto
Ao menos 42 profissionais, incluindo 34 bombeiros de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, embarcam com destino ao país do Oriente Médio
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O Brasil enviará equipes de resgate, além de equipamentos e medicamentos para ajudar a Turquia após o terremoto que atingiu o país e a Síria nesta semana, anunciou o Itamaraty nessa quarta (8).
Ao menos 42 profissionais, incluindo 34 bombeiros de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, embarcam com destino ao país do Oriente Médio em uma aeronave da Força Aérea Brasileira, segundo comunicado. Há ainda médicos e membros da defesa civil.
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A ajuda humanitária inclui também seis toneladas de equipamentos para ajudar nas buscas e quatro cães farejadores para colaborar com a localização de vítimas do terremoto.
Três conjuntos dos chamados "kits calamidade", que contêm, cada um, 250 kg de medicamentos e itens emergenciais, também foram doados pelo Ministério da Saúde e estão a caminho -eles têm capacidade para atender até 1.500 pessoas durante um mês.
A ação envolve, além do Itamaraty, os ministérios da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Regional, da Justiça e da Segurança Pública.
Até aqui, o número de mortos devido ao sismo supera 12 mil -são mais de 9.000 vítimas na Turquia, e outras 2.950 confirmadas pelo regime de Bashar al-Assad na Síria. Mas as cifras devem crescer à medida que avançam os trabalhos de resgate e procura de corpos nos escombros.
O terremoto de magnitude 7,8 atingiu os países na madrugada de segunda (6). A gravidade do tremor foi escalada pelo fato de ele ocorrer em uma área com fragilidades sociais e econômicas. A região fronteiriça é marcada por forte presença de refugiados e deslocados internos da guerra civil que assola a Síria há 12 anos.
AJUDA PARA O CHILE
O governo Lula também sinalizou que, em breve, deve enviar ajuda para o Chile, onde incêndios florestais já deixaram mais de 24 pessoas mortas no centro-sul e destruíram centenas de casas.
Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que conversou com seu homólogo chileno, Gabriel Boric, nesta quarta, e que avalia iniciativas para prestar apoio por meio do envio de equipes e aviões da Força Aérea especializados para ajudar a controlar o fogo.
A Associação Nacional de Florestas chilena informou que a área afetada pelos incêndios já passa de 300 mil hectares, algo similar ao dobro do tamanho da cidade de São Paulo. Autoridades disseram que cerca de 2.180 pessoas ficaram feridas e 1.180 casas foram destruídas.
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