Aventuras e muito amor pelo bode Nicolas
Luana de Sousa, 36, e Ruan Carlos Marques, 29, encontraram o animal no mercado do Rio de Janeiro e se apaixonaram
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A lua de mel da cabelereira Luana de Sousa, de 36 anos, e do notificador de cobrança Ruan Carlos Marques, 29, moradores de Guarapari, ficou bem diferente após Ruan encontrar, no mercado do Rio de Janeiro, o bode Nicolas, em janeiro. Isso deu início a muitas aventuras e perrengues.
Era o segundo dia de lua de mel e, logo na saída do mercado, a primeira aventura – levar o animal no metrô. Eles enrolaram o Nicolas em um saco de ração e seguiram para o hotel, onde os perrengues começaram.
“No hotel, a recepcionista disse que aceitaria o Nicolas numa boa, mas ele começou a gritar muito, porque enrolamos ele na camisa do Ruan, e isso chamou a atenção de todos os hóspedes. O Ruan colocou ele no chão e o Nicolas começou a fazer coco pelo chão do hotel, e o funcionário começou a andar atrás da gente dizendo que não poderíamos ficar com ele. Mas entramos com ele no quarto, e o funcionário liberou que ele ficasse somente no quarto”, lembra Luana.
Inicialmente, o casal deixou o bode na banheira do quarto, mas ele começou a fazer muito barulho e, por receio de serem expulsos, eles colocaram o Nicolas para dormir na cama com eles, em plena lua de mel.
“Ele começou a dar cabeçadas no vidro que separava a área da banheira para o quarto, e tivemos de trazeê-lo para nossa cama, para que ele acalmasse. Ficamos com medo de ser expulsos, porque era muito barulho”, conta Ruan.
Mas, durante a noite, uma voz gritando “alô”, acordou Ruan, e ele percebeu que o Nicolas estava tentando comer o interfone do quarto.
“O interfone desse hotel não precisava discar para ligar para a recepção, bastasse tirar do gancho. Foi então que eu comecei a ouvir uma voz gritando ‘alô’ por muitas vezes. Quando acendi a luz, era o recepcionista gritando de um lado, e o Nicolas berrando do outro. Tivemos de tirar o interfone da parede porque o Nicolas queria comer”, disse Ruan entre muitas gargalhadas.
O passeio do casal virou o início de uma família, já que o Nicolas é considerado um filho para eles, e todas as saídas passaram a ser em função do bode.
Tutor do bode: “Foi amor à primeira vista”
A Tribuna – Você imaginava que encontraria o bode nesse mercado?
Ruan Carlos Marques – Eu sempre tive o sonho de ter um bode, e, apesar dos meus avós terem sítio, nunca deu certo ter um. Casamos no cartório em janeiro deste ano e fomos para a Lapa, no Rio de Janeiro, passar a lua de mel.
No segundo dia da lua de mel fomos no mercadão de Madureira, e um amigo já havia me adiantando que lá vendia tipos diferentes de animais, e que talvez tivesse o cabrito que eu tanto sonhava. Quando eu vi o Nicolas, foi amor à primeira vista.
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Depois dessa compra, o bode passou a ser da família?
É como um filho para nós. Ele ama andar de carro, gosta dos animais, gosta também de comer tudo que vê pela frente. Toma picolé, açaí e chama muita atenção por onde passa. Ele é dócil, carinhoso, e adora um colo.
Ele gosta de um colo?
Ele adora um colo. Se ficarmos conversando uma hora, ele vai ficar aqui numa boa, no colo. Ele nasceu na Paraíba, e tem registro da primeira dona, e registro de transporte também.
Como vocês o alimentam?
Ele tem sua própria ração. E um dia desses ele conseguiu abrir o balde onde fica a ração. Ele desenroscou a tampa e comeu, além de toda a ração, a sacola. Por causa disso, tivemos de dar um comprimido de lacto-purga para não causar dano na digestão.
Ele participou até mesmo da festa de casamento de vocês?
Sim. Ele teve inclusive um terno parecido com o meu. Pedimos para uma costureira fazer.
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