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Cidades

Após recusarem bafômetro, 150 têm carteira suspensa

Motoristas foram abordados em uma só noite em Vitória e vão ser multados em R$ 2.934. Número bateu recorde de infratores


Imagem ilustrativa da imagem Após recusarem bafômetro, 150 têm carteira suspensa
Policial aborda motorista para fazer o teste no etilômetro passivo, que acusa presença de álcool a distância |  Foto: Divulgação/BPTran

As operações de fiscalização no trânsito na Grande Vitória bateram um novo recorde no último feriado. Mas nada a comemorar. Foram 150 condutores autuados em uma única fiscalização por  se recusarem a realizar o teste do bafômetro (etilômetro). 

Além de serem multados em R$ 2.934,70, eles ainda terão o direito de dirigir suspensos por 12 meses e precisarão fazer o curso de reciclagem.  

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O chefe do setor de comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), capitão Anthony Costa, apontou que o número de recusas, por suas consequências administrativas, indicam que estes motoristas que não aceitaram ser submetidos ao “teste do bafômetro” conduziam sob efeito de álcool. 

“Eles colocam em risco as próprias vidas e, pior, as de pessoas inocentes que também utilizam as vias públicas”.

Segundo o capitão, o maior número este ano tinha sido no mês de março, quando 100 condutores foram flagrados conduzindo sob efeito de álcool. 

Já na madrugada do último sábado, o número foi superior durante a fiscalização realizada nos arredores dos bares da Praia do Canto, em Vitória. 

Ao todo, foram 420 condutores abordados, sendo realizados 270 testes de alcoolemia e 150 recusas ao exame. 

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Ele explicou que os etilômetros passivos (que acusam a presença do álcool mesmo a distância) permitem hoje maior agilidade nas verificações durante as operações, sem impactos significativos ao fluxo viário.

“Ele serve de triagem durante as operações de fiscalização. Os policiais abordam, por amostragem, os condutores. Após  soprar o etilômetro passivo, se o equipamento apontar vermelho, indicando o consumo de álcool, é dada a ordem ao motorista que estacione o veículo em uma das vagas de abordagem”. 

Feito isso, ele frisou que, só então, é oferecido ao condutor que se submeta ao teste realizado pelo etilômetro convencional, que irá aferir o nível de álcool exalado pelos pulmões do condutor.  

Para ele, os números impressionam, mas também preocupam. “Em um cenário de violência viária, como sensibilizar condutores em relação aos riscos inerentes à prática de beber e dirigir?”, questionou o capitão. 

Ele ainda pontuou que são mais de 30 mil mortes no trânsito em todo o País. “São números que assustam e que muitas vezes ultrapassam a violência urbana”, destacou o capitão.

Leitor de placas para flagrar veículos roubados

Além da ajuda de bafômetros (etilômetros) mais modernos para auxiliar na triagem de motoristas que insistem em dirigir sob efeito de álcool, a Polícia Militar já usa, durante as fiscalizações, equipamentos com leitores de placa.

Eles são capazes de identificar se a placa do veículo tem alguma restrição de furto e roubo ou, ainda, se o veículo é clonado, por exemplo. 

Imagem ilustrativa da imagem Após recusarem bafômetro, 150 têm carteira suspensa
Aparelho que lê placas |  Foto: Divulgação/BPTran

O chefe do setor de comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), capitão Anthony Costa, explicou que o equipamento com a tecnologia OCR (Optical Character Recognition) realiza leitura de placas em tempo real.

“Isso permite que os veículos que estejam com irregularidades documentais, por exemplo, sejam flagrados imediatamente. Outras irregularidades podem ser observadas pelo policial durante a triagem. Nesse caso, o veículo será abordado e as providências cabíveis adotadas”.

O capitão revelou, ainda, que a utilização do OCR depende do foco da fiscalização. 

O BPTran hoje trabalha com dois tipos de leitores de placas: um móvel, acoplado ao teto da viatura, e o outro fixo, que pode ser manuseado por um policial, que aponta o equipamento para o veículo em movimento.


Saiba mais

Fiscalização

Uma operação do Batalhão de  Polícia de Trânsito na madrugada do último sábado, na Praia do Canto, abordou 420 condutores.

270 testes de alcoolemia (bafômetro) foram realizados.

150 condutores foram autuados por recusa ao teste.  

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|  Foto: -
Imagem ilustrativa da imagem Após recusarem bafômetro, 150 têm carteira suspensa
Policiais durante blitz: fiscalização intensificada nas ruas da Grande Vitória para autuar motoristas infratores |  Foto: Divulgação/BPTran

O que diz a lei

Quem dirige sob a influência de álcool ou outra substância está sujeito a penalidades administrativas e ainda a responder por crime de trânsito.  

1 Embriaguez ao volante

O Código de trânsito prevê a autuação para quem dirige sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.       

A infração é  gravíssima, com multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12   meses. Nesse caso, além da multa, o condutor ainda precisa pagar pelo curso de reciclagem. 

2 Recusa

Quem se recusa a realizar o teste também está  sujeito a autuação administrativa por se recusar a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa.

A Infração também é gravíssima, com penalidade de multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12  meses. 

3 Crime

Para quem realiza o teste do bafômetro, com um resultado igual ou superior a 0,34 miligramas por litro de ar expelidos pelos pulmões no teste do bafômetro, também irá responder criminalmente pela embriaguez ao volante.

Segundo o Código de trânsito, conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa tem pena de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir.

O crime também pode ser comprovado em caso de sinais de embriaguez, como andar cambaleante ou fala confusa.

Fonte: Código de Trânsito Brasileiro e BPTran.


“Fiscalizações em diversos horários”

Com um alerta para o perigo da mistura da direção e a ingestão de bebida alcoólica, o chefe do setor de comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), capitão Anthony Costa, garantiu: as fiscalizações vão continuar, e em dias e horários diversos.  

Ele afirmou que o BPTran realiza uma média de três operações diárias, em toda a Grande Vitória. 

“Apesar do sucesso na missão de retirar das ruas, mesmo que momentaneamente, motoristas irresponsáveis, os números também preocupam.  Mesmo com toda publicidade sobre os riscos, mesmo com as palestras, campanhas educativas, orientações e, é claro, das fiscalizações que acontecem em toda Grande Vitória, o cometimento da temida infração 'álcool e direção' continua a ser recorrente”, pontuou.

Ele lembrou que a partir da próxima semana, começa o Maio Amarelo, mês dedicado às campanhas de orientação à segurança no trânsito. 

“A orientação é em relação ao  que todos já sabem: o trânsito exige responsabilidade e respeito às normas.  Mas não é só isso, o trânsito é também um exercício de cidadania, onde cada cidadão deve imbuir-se de suas responsabilidades. Não descansaremos na busca por um trânsito mais humano e seguro”.

Além dos flagrantes de embriaguez, capitão Anthony frisou que, durante a operação na madrugada do último sábado, os policiais   também flagraram seis condutores sem habilitação. Ao todo, foram confeccionados 246 autos de infração. 

O alcoolismo está em todas as áreas, como na violência doméstica, e, no trânsito, não seria diferente. Se alguém fica bêbado e não vê fiscalização, isso só reforça que vale a pena o 'risco' Roberta Torres, Especialista em trânsito
 

Saúde

Para a especialista em trânsito Roberta Torres, o alcoolismo é um problema de saúde pública que precisa ser tratado como tal. 

“Ele está em todas as áreas, como na violência doméstica, em outros tipos de violência, e, no trânsito, não seria diferente. Novamente, saber que tem uma grande chance de ser fiscalizado fará com que boa parte das pessoas optem por outras alternativas”.

Roberta complementa: “Se o sujeito sai todo final de semana para ficar bêbado e a cada vez que sai nunca vê nenhum tipo de fiscalização, isso só reforça que vale a pena o 'risco'”.

Mais de mil em alta velocidade

Os números do feriadão de Tiradentes nas rodovias federais que cortam o Estado mostraram um aumento de flagrantes de condutores em alta velocidade.

Ao todo, foram 1.348 motoristas autuados por excesso de velocidade, um aumento de 140% em relação ao ano passado. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo o inspetor da PRF, Wilys Lyra, a imprudência e a impaciência nas estradas são fatores fundamentais para o aumento nos registros de infrações.

“Apesar das orientações e das ações educativas, os condutores, infelizmente, ainda sentem uma falsa sensação de segurança dentro dos veículos quando passam por vias em boas condições.”

Durante o feriadão, a PRF registrou mais de 2.100 veículos  fiscalizados e, aproximadamente,  2.450 pessoas passaram por algum procedimento de fiscalização nas rodovias.

“O planejamento é orientado por inteligência e contempla ação de educação e policiamento ostensivo com presença visível. Os locais de fiscalização são aqueles que possuem histórico de acidentes graves ou com alto índice de infração com risco de gravidade em caso de acidente”, completa Lyra.

O número de ultrapassagens proibidas nas estradas também sofreu aumento. Neste feriadão, foram 300 condutores flagrados, 32% a mais do que em 2022. 

Foram registrados também 24 acidentes, com 21 feridos e três mortes nas rodovias federais do Espírito Santo. Apesar de o número representar uma queda de 20% no número de ocorrências em relação ao ano passado, o número de vítimas fatais aumentou se comparado ao feriado de 2022, quando ocorreu apenas uma morte.

Para Lyra, falta uma maior conscientização dos condutores. “A imprudência é o fator a ser eliminado para a segurança viária de todos. Isso exige uma maior conscientização dos atores do trânsito, seja ele o próprio condutor, ciclista ou pedestre, devido a constante integração deles no espaço público”.

A especialista em Trânsito Roberta Torres afirma que a solução passa por um conjunto de fatores. 

“Em parte, falta fiscalização, especialmente nos locais mais perigosos. Mas falta também medidas educativas, que são  de longo prazo, e medidas de engenharia que tenham o foco na segurança.”

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|  Foto: -

análise

“É preciso uma mudança de postura radical”

“A primeira coisa que o condutor tem em mente é que não vai ser punido severamente pelas infrações que cometeu. Tem motorista que mora em uma determinada região e, por achar que está dirigindo para um bairro mais próximo, pode fazer o que quiser, pois não vai dar tempo de pegá-lo.

São em situações assim que o risco de acidentes é multiplicado. Somente no último domingo, 150 pessoas foram pegas embriagadas na Praia do Canto. As multas podem chegar a mais de R$ 3 mil e a suspensão da carteira de habilitação é de até um ano, mesmo negando o bafômetro.

Com relação ao limite de velocidade, motoristas que dirigem acima de 50% da velocidade permitida no radar têm a sua carteira  suspensa por, no mínimo, seis meses. Contudo, mesmo existindo campanhas educativas, tem aqueles que acham pouca punição.

É preciso uma mudança de postura radical, uma maior consciência na hora de pegar um carro para dirigir. A lei também precisa melhorar um pouco, com um tempo de suspensão de carteira e um valor de multa maiores.”, diz João Luiz Guerra Junior, advogado e especialista em Trânsito.

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