Analista de RH: "A pintura foi uma aliada na luta contra o câncer de mama"
A arte como aliada na superação do câncer e na valorização da vida

Em 2021, a analista de RH Ana Paula Rosa recebeu o diagnóstico de câncer de mama e a arte foi uma verdadeira aliada ao longo dos momentos difíceis.
“Durante o tratamento é comum que os pacientes tenham uma queda da imunidade, e ainda por cima a gente estava em uma segunda leva da pandemia, então eu não podia ter contato com ninguém”.
“Dentro de casa eu estava no tédio e sempre gostei de artes. Pensei: preciso me conectar comigo porque o câncer foi mudando a minha aparência e algo que me conectava muito era a pintura”.
Para ela, que na época tinha 35 anos, pintar “foi uma forma de preencher aquele momento”.
“Trouxe uma conexão comigo, com a minha ancestralidade, com as minhas esperanças e isso me tornou mais alegre, mais viva e com mais esperança”, completou.
Após o tratamento, em que passou por 16 quimioterapias, ela afirmou que continuou dando espaço para esse dom.
Conscientização
Hoje, além de cultivar a arte, Ana leva conscientização para as pessoas ao ministrar palestras em empresas e entidades, contando um pouco da sua trajetória de superação e ajudando outras mulheres.
“Assim como eu tive acesso à informação e sempre estive atenta com o meu corpo, achei interessante falar para as mulheres o quanto é importante a gente se conhecer. Isso foi determinante para que eu tivesse um diagnóstico, e, logo, um tratamento”.
Em 2021, Ana Paula fez o autoexame e percebeu uma anormalidade ao sentir um caroço grande na mama.
Mesmo tendo realizado mamografia três meses antes e de ter dado tudo normal, ela achou aquele nódulo estranho e procurou um médico.
Após exames, foi diagnosticada com um câncer de mama de rápida progressão.
Segundo ela, a doença virou um marcador em sua vida. “Existe a minha vida antes e depois. Ele me fez frear, eu vinha de um processo muito acelerado, tinham muitas coisas acontecendo, estávamos em pandemia… Havia muita ansiedade e muitas expectativas”, disse.
“Ele trouxe mais consciência, mais paciência, me tornou uma pessoa mais resiliente e sobretudo uma pessoa que passou a valorizar ainda mais os meus laços, que são meus pais, minha irmã, meu filho e os meus amigos”, finalizou.
Ana, que hoje tem 39 anos, continua fazendo acompanhamento com exames e segue a vida sem sinal da doença.
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