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Cidades

Agências de turismo perdem até R$ 50 mil com golpes

Operadoras de turismo acabam sendo vítimas de criminosos que usam cartões clonados para comprar passagens e depois revendê-las


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Imagem ilustrativa da imagem Agências de turismo perdem até R$ 50 mil com golpes
Luciana Contti diz que agências têm adotado restrições para evitar golpes |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Os anúncios nas redes sociais de supostas agências de viagens parecem imperdíveis: passagens aéreas na promoção, com valores abaixo do mercado.

Mas o que parece uma oportunidade, na verdade esconde uma fraude envolvendo a compra de passagens com uso de cartões clonados, que tem levado prejuízos não só a consumidores, mas também a agências sérias. Os rombos chegam a R$ 50 mil.

A diretora comercial da L7 Viagens, Luciana Contti, contou que esse tipo de golpe tem sido comum entre agências conhecidas, levando muitas delas a adotarem medidas de restrições nas vendas ou até mesmo – no caso de pequenas agências – a fecharem as portas por não conseguirem se manter.

No caso dela, teve de registrar um boletim de ocorrência contra golpistas que compraram passagens aéreas que somaram R$ 47 mil. “Um golpista entrou em contato pelo WhatsApp, dando como referência o nome de um cliente real. Foi amável, dizendo que queria passagem para a mulher e a filha, saindo de Vitória, então a funcionária não desconfiou”.

Segundo ela, o cartão era clonado. “Foram várias compras para destinos internacionais. A gente só descobriu quando outra funcionária desconfiou”.

Segundo Luciana, a troca de mensagem mostra como agem sempre com pressa nas operações. “O problema é que eles compravam a passagem com a gente, emitíamos e depois eles mandavam para o cliente deles, se passando por uma agência falsa, que vende a preços promocionais pela internet”.

Nesse ponto, os clientes dos golpistas acham que fizeram um bom negócio, pagando no Pix. “Já o dono do cartão clonado pede o chargeback, que é o estorno por não reconhecer a compra. As agências reais ficam no prejuízo, porque já pagaram pela passagem e nem sempre é possível ter de volta”.

Ela destaca que o consumidor deve ter cuidado ao comprar por preços muito em conta, já que nem sempre conseguem embarcar.

Já na Vitória Viagens, o golpe foi diferente e ainda mais elaborado. A sócia proprietária da agência, Andreia Bonadiman Gomes, revelou que o seu e-mail foi clonado ou usado um semelhante para entrar em contato com o consolidador – que é o fornecedor de passagens aéreas.

“Foi realizada compra com cartão clonado e, agora, a companhia aérea está tentando cobrar da agência pelo prejuízo”.

Sobre o caso da L7 Viagens, a Polícia Civil informa que o caso segue sob investigação.

Entenda

Golpe da emissão de passagem

Agências de viagens sérias têm sido alvo de golpistas, que compram passagens com cartões clonados.

Além das agências, consumidores que compram essas passagens de golpistas – que se passam por agências vendendo produtos mais baratos pela internet – também ficam no prejuízo quando o bilhete aéreo é cancelado.

Como funciona o golpe

1. Fraudadores se passam por clientes comuns

O criminoso entra em contato com a agência (por site, WhatsApp ou e-mail), solicitando a compra de passagens para terceiros. Geralmente, afirmam ser para a mulher, filhos ou outro familiar.

Tudo parece legítimo: nomes, destinos, até documentos falsificados são apresentados.

2. Pagamento com cartão clonado

A agência realiza a emissão do bilhete com base no pagamento feito com um cartão de crédito clonado (sem saber que é fraude).

Como o pagamento é aprovado na hora, ela acredita que está tudo certo.

3. Chargeback e prejuízo

Dias depois, o verdadeiro dono do cartão identifica a transação e contesta com o banco.

A operadora então cancela o pagamento (chargeback), e a agência fica sem o dinheiro e com o prejuízo, pois já pagou ao consolidador ou à companhia aérea pelo bilhete.

4. Prejuízo dobrado

Além de perder o valor da venda, a agência muitas vezes também sofre em ter que provar a fraude e assumir sozinha o prejuízo.

5. Risco ao consumidor

Além do prejuízo às agências, os golpistas na verdade compram essas passagens para vender por preços abaixo do mercado pela internet se passando por agências idôneas. Nesse caso, geralmente recebem os valores por Pix de compradores.

Esses consumidores, por outro lado, correm o risco de ter as passagens canceladas e não conseguirem embarcar se a fraude for descoberta antes.

Outras fraudes

Há golpistas que também criam e-mails parecidos com os de agências sérias, e entram em contato diretamente com o consolidador (empresa que emite passagens para agências), comprando bilhetes como se fossem a agência legítima — e usando cartões clonados.

A conta vai para a agência verdadeira, que muitas vezes nem ficou sabendo da emissão.

Dicas

Ao planejar sua viagem, pesquise a idoneidade da agência, há quanto tempo atua no mercado.

Procure por relatos de outros clientes.

Verifique se a agência é filiada à ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens) e a outros órgãos reguladores do setor.

Desconfie de preços muito abaixo do mercado.

Fonte: agências e pesquisa A Tribuna.

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