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Cidades

Advogada apedrejada na Rodovia do Sol vai para os EUA para não perder a visão

Após ter tratamento negado pelo plano de saúde, Michaella Zukowski irá tratar edema ocular que avança no exterior


Imagem ilustrativa da imagem Advogada apedrejada na Rodovia do Sol vai para os EUA para não perder a visão
Michaella, de 26 anos, mostra exame. Ela buscou o Judiciário para obter liminar: injeções de até R$ 6 mil |  Foto: Gustavo Forattini/AT

Há praticamente um ano, a advogada Michaella Zukowski Reis, que hoje tem 26 anos, viu a sua vida mudar completamente após ter sido atingida por uma pedrada quando passava de carro pela Rodovia do Sol, na altura do bairro Barra do Jucu, em Vila Velha.

De lá pra cá, ela já passou por cinco cirurgias, sendo as duas primeiras para reconstrução dos ossos da face. “A terceira foi para fechar a testa e nariz. A quarta cirurgia foi na testa de novo, e a última foi para troca da placa e para fazer o enxerto de gordura”, enumerou.

Agora, ela diz que corre contra o tempo para não perder a visão do olho esquerdo e vai fazer tratamento nos Estados Unidos. A viagem está prevista para a próxima semana.

“Há cerca de seis meses , eu descobri que estava com um edema ocular. As imagens de exames mostram uma bolha na retina (olho esquerdo). Precisava de injeções oculares, mas a Unimed negou. Cada injeção custa entre R$ 5 mil e R$ 6 mil e, inicialmente, eu precisava de três com urgência.”

Diante da negativa, em março deste ano, ela decidiu recorrer à Justiça. “Mas até o momento não teve decisão sobre o meu caso. O pedido foi em caráter liminar (urgência)”, explicou a jovem.

No mês passado, em São Paulo, a advogada passou mal quando estava dirigindo. “Fiquei tonta e com a visão torta. Parei o veículo no acostamento. Quando voltei para casa, marquei uma consulta com a minha médica para a semana passada. Na ocasião, ela disse que eu precisava fazer o tratamento com as injeções porque o edema ocular está aumentando e poderia não ser revertido.”

Michaella disse ter recebido nesta semana uma notícia que a deixou esperançosa. “Consegui um tratamento nos Estados Unidos, em um hospital considerado o melhor do mundo. Tenho um familiar que mora lá e compartilhou a minha história e consegui uma oportunidade de ir para lá. Não tenho tempo a perder.”

Lá, ela pretende ouvir uma segunda opinião sobre o seu caso e decidir qual será o melhor tratamento. Para isso, fez uma vaquinha on-line e está recebendo doações de amigos e até de pessoas que nunca viu, além de mensagens de incentivo para a total recuperação.

Cenas da agressão 

Imagem ilustrativa da imagem Advogada apedrejada na Rodovia do Sol vai para os EUA para não perder a visão
Jovem teve lesões na face depois de pedrada que a atingiu dentro de carro |  Foto: Reprodução/Instagram/Divulgação

Michaella Zukowski Reis advogada: “O acidente me fez mais forte”

A Tribuna - Desde o acidente, o que mudou na sua vida?

Michaella Zukowski Reis -  O acidente me transformou em uma pessoa mais forte.

Sentia medo em algum momento?

Senti, mas, desde o dia do acidente, eu ouvi a voz de Deus falando comigo. Era uma voz suave aos meus ouvidos, que dizia: “Se acalma, está tudo bem”. É isso que tem me sustentado durante todo esse tempo. Não tenho dúvida de que estou viva por um milagre.

Deus cuida de cada detalhe e estará comigo nos Estados Unidos, onde vou ouvir uma segunda opinião médica e iniciar o tratamento.

Você corre o risco de perder totalmente a visão?

Perder a visão não é só cegueira 100%, mas preciso de tratamento para o problema não comprometer ainda mais a minha visão. Inclusive, sou considerada PcD (pessoa com deficiência) com visão monocular.

Hoje eu vivo normalmente, por causa da minha visão do lado direito, mas, se por algum acaso, a minha visão do lado direito também sofrer algum acidente, eu não iria conseguir enxergar com o lado esquerdo. Do lado esquerdo, eu vejo tudo torto, tudo estranho, eu não consigo ler, eu não consigo focar nas coisas.

No entanto, nesses últimos dois meses, venho tendo visões duplas e muito peso nos olhos, por sobrecarregar tanto a minha visão boa do lado direito.

Qual valor precisa arrecadar para ir para os Estados Unidos?

Abri uma vaquinha on-line aqui no Brasil, de R$ 50 mil, e outra nos Estados Unidos, estimada em 20 mil dólares (equivalente a mais de R$ 100 mil).

São valores estimados. É mais ou menos o que nós estamos achando que vamos gastar considerando o tratamento e os custos de vida lá. Não sei quanto tempo vou ficar lá. Até agora arrecadamos R$ 22 mil no Brasil e 500 dólares (cerca de R$ 2,7 mil) nos Estados Unidos.

Que mensagem deixa para as pessoas que estão ajudando você na vaquinha on-line?

É um sentimento de felicidade e emoção. É difícil até explicar, mas estou muito feliz com a generosidade das pessoas.

Estou indo sozinha para um país que eu já conheci há muitos anos, mas agora a situação é bem diferente. A minha mãe pretende ir depois para poder me acompanhar, mas ela ainda não conseguiu tirar o visto.

Não conseguia fazer esse tratamento aqui no Estado ou em São Paulo?

Até recebi hoje alguns questionamentos, perguntando por que eu não fiz pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou por que eu não pego o dinheiro e faço o tratamento aqui no Brasil.

Mas eu tive esta oportunidade, e é a minha visão que está em jogo. Se eu recebi uma oportunidade de estar dentro de um dos melhores hospitais do mundo, até mesmo oftalmologistas conhecidos me incentivaram a ir, eu vou aproveitar essa oportunidade.

Entenda o caso

Pedrada

Michaella Zukowski Reis, 26 anos, foi atingida por um paralelepípedo enquanto passava de carro pela Rodovia do Sol, na altura do bairro Barra do Jucu, em Vila Velha, sentido Vitória, por volta das 5 horas do dia 8 de julho do ano passado.

Na ocasião, ela seguia com o pai e o irmão para o aeroporto de Vitória, onde pegariam um voo para Uberlândia, em Minas Gerais, para o velório do avô.

O pai estava dirigindo o veículo, seu irmão estava atrás, e a advogada viajava no banco do passageiro da frente, mexendo no celular.

Cirurgias

Michaella teve afundamento de crânio e fraturas expostas pelo rosto e ficou nove dias internada.

Ao todo, já passou por cinco cirurgias.

Prisão

O acusado está preso.

O outro lado

“Não autorizado”

A Unimed Vitória informou que o procedimento não foi autorizado, pois a indicação feita para o uso da medicação pela paciente não se enquadra na DUT - Diretriz de Utilização, que trata dos critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A cooperativa reafirma “seu compromisso em seguir todas as normas para garantir um atendimento justo e de qualidade a seus clientes”.

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