504 mil motoristas são multados por ultrapassar velocidade no ES
Número de flagrantes entre janeiro e julho deste ano é quase 60% maior que o registrado no mesmo período de 2024

Um dos principais fatores ligados a acidentes e mortes no trânsito, o excesso de velocidade continua a preocupar. Entre janeiro e julho deste ano, 504 mil flagrantes de desrespeito ao limite de velocidade foram registrados por radares no Estado.
O número é quase 60% maior que o registrado no mesmo período de 2024, quando ocorreram 330 mil infrações, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES).
A maior parte das infrações foi por transitar em velocidade superior à máxima em até 20%. A multa é de R$ 130,16.
Além disso, cerca de 9,4 mil multas foram aplicadas por transitar em velocidade superior à máxima em mais de 50%. Nesse caso, além da multa de R$ 880, o condutor ainda tem a carteira suspensa diretamente.
Especialista e consultor em segurança viária, capitão Anthony Moraes Costa enfatizou que o excesso de velocidade é uma das principais causas de sinistros com resultados graves para o trânsito. “A conduta recorrente é sempre preocupante, em especial nas vias com grande circulação”, destacou.
Ele frisou que quanto maior a velocidade, maior será a distância percorrida pelo veículo, mesmo que o tempo de reação seja adequado.
“Por mais moderno que seja o carro, muitas vezes – em alta velocidade – o condutor não consegue parar a tempo de evitar uma colisão. Para se ter uma ideia, um veículo a 80 km/h percorrerá 155 metros entre o condutor perceber o risco e conseguir parar o carro”.
Inimigo
O engenheiro e membro do Movimento Capixaba para Salvar Vidas no Trânsito (Movitran) André Cerqueira frisou que, no trânsito, o maior inimigo é a velocidade.
“Precisamos de medidas para 'acalmar o trânsito', que são ações para reduzir a velocidade. É comprovado cientificamente que o nosso cérebro não consegue acompanhar a identificação de cenários de risco com um veículo a 100 quilômetros por hora”.
Ele ainda salientou que outros riscos, combinados, ainda agravam a situação. “Por exemplo, uma pessoa em excesso de velocidade usando o celular, ou dirigindo sob efeito de álcool, por exemplo, potencializa o risco”.
Ele destacou que, enquanto o condutor não tem maturidade para seguir as regras do trânsito e dirigir de forma colaborativa e respeitosa, precisamos ainda mais de fiscalização, inclusive com os radares.
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