Vale estima provisão de US$ 500 milhões por rompimento de barragem em Mariana
Declaração ocorre após a Suprema Corte da Inglaterra considerar o grupo BHP culpado
A Vale disse que estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões (R$ 2,65 bilhões) em suas demonstrações financeiras de 2025 para obrigações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015, conforme fato relevante divulgado pela mineradora nesta sexta-feira (14).
A declaração ocorre após a Suprema Corte da Inglaterra considerar o grupo BHP culpado, sob a legislação brasileira, pelo rompimento da barragem de Fundão operada pela Samarco Mineração, uma joint-venture entre a Vale e a BHP.
A tragédia matou 19 pessoas e espalhou lama tóxica por quase 700 km de Minas Gerais até o oceano Atlântico.
A partir de outubro de 2026, a mesma Suprema Corte começará a decidir quem poderá receber indenização e quanto. Estima-se que o volume de compensações possa chegar a R$ 260 bilhões.
Em comunicado, a Vale informou que espera que o acordo firmado em 2024 seja mantido. "Vale e BHP permanecem confiantes de que o acordo definitivo, assinado em outubro de 2024 no Brasil, oferece os mecanismos mais rápidos e eficazes para compensar os impactados", disse a companhia.
Em 30 de setembro de 2025, a Vale já havia reconhecido uma provisão de US$ 2,4 bilhões para obrigações sob o acordo definitivo, disse a companhia.
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