São Paulo registra primeiro caso de raiva canina em 40 anos
Doença pode atingir humanos e tem taxa de letalidade de aproximadamente 100%
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A cidade de São Paulo teve confirmado, na última sexta-feira (1º), o primeiro caso de raiva canina desde 1983. O cão infectado pela doença foi resgatado poucos dias antes na região do Butantã, zona oeste, apresentando sintomas neurológicos. O animal morreu um dia depois de receber atendimento veterinário.
A infecção foi confirmada pelo Instituto Pasteur, ligado ao governo estadual. O órgão é responsável pela vigilância epidemiológica e controle de risco da raiva e outras encefalites virais.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o caso segue em investigação e já motivou ações de vigilância na região. Nos dias 1º e 2 de setembro, agentes visitaram 384 residências e vacinaram 367 animais com a antirrábica.
Ainda de acordo com a pasta, a cidade não tinha casos de raiva canina há 40 anos, enquanto a variante transmitida pelo morcego teve último registro em 2011.
A vacinação de cães e gatos contra a raiva é disponibilizada gratuitamente pela Prefeitura de São Paulo em 18 postos fixos espalhados pela cidade.
A imunização deve ser feita anualmente. Nesse ano, até o fim de julho, foram imunizados 97,6 mil cães e 57,9 mil gatos contra a doença. O número fica bem abaixo do total de vacinas aplicadas em campanhas anteriores à pandemia.
Autoridades orientam que a vacina antirrábica deve ser aplicada nos animais a partir dos três meses de idade. A secretaria recomenda ainda que, em casos de acidentes por mordida ou arranhão de cães e gatos, deve-se procurar imediatamente o atendimento médico para avaliação.
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