Presos por ataques a ônibus no RJ vão responder por terrorismo, diz governador
Ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados no Rio após a morte de um miliciano
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que 12 pessoas foram presas sob suspeita de participar de ataques a ônibus nesta segunda (23).
Segundo Castro, os suspeitos vão responder pelo crime de terrorismo. Eles foram encaminhados para prisões federais.
Ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados no Rio após a morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, durante uma ação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, na zona oeste da cidade. Segundo denúncias à Justiça, Faustão é a segunda liderança da maior milícia do Rio, que tem como chefe seu tio, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
O governador disse que telefonou para o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e para o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), para tratar da crise.
"Estamos em comunicação para que possamos, juntos, garantir que o crime organizado terá em nós uma fronteira firme entre a lei, a ordem e o que eles [criminosos] querem fazer neste estado", afirmou Castro em entrevista coletiva.
De acordo com o governador, a inteligência das polícias não foi capaz de prever os ataques na cidade porque "não houve coordenação entre os criminosos". "Quando não há coordenação, não tem inteligência que possa pegar", disse Castro.
Além das prisões, policiais apreenderam uma pistola, dois fuzis, dezenas de carregadores de fuzil, centenas de munições, coletes, rádios transmissores e celulares.
O governador disse que colocou todo o contingente das forças de segurança nas ruas.
Por fim, disse estar empenhado em prender três das principais lideranças criminosas do estado: Zinho; o miliciano Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera; e um dos chefes do Comando Vermelho, Wilton Quintanilha, conhecido como Abelha.
Castro afirmou que Faustão era o número 2 da milícia de Zinho. "Também era conhecido como 'senhor da Guerra'. Aquele que era apontado como responsável pela guerra da facção, mas também pela união entre tráfico e milícia", disse o governador.
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