Perícia encontra fungos e ovos de parasita em molho de tomate
Análise envolveu lotes diferentes, segundo informa a polícia
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O Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificou a presença de fungos e ovos de parasita em amostras de molho de tomate da marca Fugini. Os produtos foram recolhidos no município de Viamão, Rio Grande do Sul (RS).
A venda e distribuição dos produtos da marca chegaram a ser suspensas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a decisão foi suspensa em abril. A Polícia Civil do RS investiga a Fugini por suspeita de crime contra as relações de consumo.
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Ainda em abril, em um comunicado, a empresa assumiu o uso de ingredientes vencidos na produção de maionese, sendo feito o recall dos itens.
A perícia considerou produtos de lotes diversos e adquiridos em mercados diferentes. "Todos eles têm exatamente a mesma análise para os fungos e os ovos de parasita que foram encontrados", disse ao site Estado de Minas, a delegada Jeiselaure de Souza, da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão, cidade da região metropolitana de Porto Alegre.
A contaminação torna o produto impróprio para consumo humano porque alimentos com fungos estão associados a toxinas prejudiciais à saúde, avaliou a perícia em laudo enviado nesta quarta-feira (17) às autoridades.
Em nota ao site Estado de Minas, a Fugini informou que está deixando de usar conservantes artificiais em seus produtos e alguns ingredientes. Segundo a empresa, esse processo, associado à falta de conhecimento da população, está provocando "rumores infundados" entre consumidores. Ainda de acordo com a companhia, o processo dela é automatizado e o índice de ocorrências é de três em cada milhão.
"Isso não significa, de forma alguma, que o produto tenha um problema de qualidade, mas sim que ele está passando por um processo de oxidação ou decomposição natural, assim como pode acontecer com as frutas, o ovo ou o pão, por exemplo. Esse fato também pode ocorrer pelo armazenamento por período incorreto na geladeira", afirmou a Fugini, em nota à reportagem.
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