X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Desembargador nega trabalho análogo à escravidão e fala em ato de amor

Desembargador é suspeito de manter uma trabalhadora surda e muda sem salários por mais de 20 anos


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Desembargador nega trabalho análogo à escravidão e fala em ato de amor
A PF cumpriu o mandado contra o desembargador em Florianópolis |  Foto: Divulgação/PF

O desembargador, que é suspeito de manter uma trabalhadora surda e muda em condições análogas à escravidão, negou que tenha cometido qualquer crime. Ele foi alvo nesta terça-feira (6) de operação da Polícia Federal.

O magistrado afirmou que a mulher foi acolhida como "um ato de amor" e que ela vive com a família há mais de 30 anos. Segundo o desembargador, a trabalhadora sempre recebeu "tratamento igual ao dado aos nossos filhos".

O desembargador disse ter recebido a notícia da investigação com "surpresa e inconformismo". Ele também afirmou acreditar na "justa elucidação dos fatos" e que não será penalizado por "fazer o bem". 

Leia também:

Desembargador é suspeito de manter mulher em trabalho análogo ao escravo

"Venho manifestar surpresa e inconformismo com o ocorrido, antecipando, desde logo, que aquilo que se cogita, infundadamente, como sendo "suspeita de trabalho análogo à escravidão", na verdade, expressa um ato de amor. Haja vista que a pessoa, tida como vítima, foi na verdade acolhida pela minha família.

Trata-se de alguém que passou a conviver conosco, como membro da família, residindo em nossa casa há mais de 30 anos, que se juntou a nós já acometida de surdez bilateral e muda, tendo recebido sempre tratamento igual ao dado aos nossos filhos.

Embora irresignado, confio serenamente na justa elucidação dos fatos, certo de que, quem faz o bem não pode ser penalizado. Colocamo-nos à disposição de todos, posto que dispomos de elementos suficientes para comprovar a dignidade dos nossos propósitos, que foram, são e serão exclusivamente humanitários, de amor ao próximo", declarou o desembargador.

O QUE ACONTECEU

De acordo com a representação do Ministério Público Federal (MPF), a trabalhadora reside na casa do desembargador há pelo menos 20 anos sem receber salário e assistência à saúde. Além do desembargador, a operação também apura suspeitas contra a mulher do desembargador.

A denúncia cita trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes. A mulher seria obrigada a executar diversas tarefas domésticas sem receber salário ou vantagens trabalhistas, e sofreria maus-tratos.

A PF cumpriu o mandado contra o desembargador em Florianópolis. A ação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), é acompanhada pelo Ministério do Trabalho.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: