Autor de chacina após jogo de sinuca vira réu e tem prisão preventiva decretada
Edgar Ricardo de Oliveira por sete homicídios qualificados, furto e roubo majorado
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A Justiça de Mato Grosso, na 1ª Vara Criminal de Sinop, aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-MT) e tornou réu Edgar Ricardo de Oliveira por sete homicídios qualificados, furto e roubo majorado (mediante grave ameaça). A justiça também converteu a prisão temporária do acusado em prisão preventiva (por tempo indeterminado).
Edgar e Ezequias Souza Ribeiro foram flagrados matando sete pessoas em um bar em fevereiro. Edgar está preso e Ezequias morreu após, segundo a Polícia Civil, ter se envolvido em um confronto com policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
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A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos ainda determinou o sigilo dos laudos do local do crime e de necropsia, para "preservar as imagens das vítimas".
A justiça também solicitou a certidão de óbito de Ezequias.
O MP pediu nesta quinta-feira (23) a conversão da prisão e denunciou Edgar à justiça.
A promotoria ainda colocou as seguintes qualificadoras -que podem aumentar as penas: motivo torpe, emprego de meio cruel, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Outra qualificadora é pela morte de menor de 14 anos, no caso, a vítima Larissa Frazão de Almeida, de 12.
A defesa de Edgar tem 10 dias para responder à acusação.
"Assim, como se observa das peças carreadas nos autos, a gravidade da conduta praticada está revelada diante das circunstâncias em que foi desenvolvida a ação, a qual, inclusive, gerou repercussão nacional, diante da excepcionalidade do caso. Portanto, é certo o perigo gerado pelo estado de liberdade do denunciado, posto que os dados fáticos são suficientes para demonstrar que o caso em apreço vai além da normalidade", declarou a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos.
COMO FOI O CRIME, SEGUNDO O MPMT
A denúncia do MP aponta que Edgar, com Ezequias, apostaram R$ 4 mil em jogos de sinuca e perderam o valor para uma das vítimas, Getúlio, durante a manhã.
De tarde, a dupla voltou o estabelecimento e chamou Getúlio para novas partidas e apostas em dinheiro, mas perderam novamente.
Depois, Edgar teria jogado o taco de sinuca na mesa do bar, conversou com Ezequias, que sacou uma arma de fogo e rendeu as vítimas, as encurralando na parede do bar. Enquanto isso, Edgar pegou a espingarda em uma caminhonete.
Ambos mataram sete pessoas. Duas vítimas, incluindo a de 12 anos, tentaram correr, mas também foram alvejadas e morreram.
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