Ouro em dose dupla em disputas de Matemática
Enzo Villela se deu bem na Olimpíada Canguru de Matemática e na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
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Concorrendo com mais de 18 milhões de estudantes de todo o Brasil, um jovem capixaba conquistou uma medalha de ouro nas etapas regional e nacional da 19ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
Neste ano, Enzo Villela, aluno do 8º ano da Escola da Ilha, já foi selecionado para a segunda fase da 20ª edição da olimpíada e espera conquistar o ouro novamente.
Além da OBMEP, Enzo também conquistou ouro na Olimpíada Canguru de Matemática 2025, considerada a maior competição internacional de Matemática para estudantes.
Aos 13 anos, Enzo já se destaca pelo esforço e pela facilidade com os estudos. Para a mãe, Maria Aparecida Gonorim Villela, pedagoga de 51 anos, o orgulho é enorme.
“Ele gosta de estudar, pega as matérias com muita facilidade e não desiste quando encontra alguma dificuldade. Encarar os desafios como motivação faz parte da personalidade dele”, disse.
Enzo descreve como mantém o foco e a disciplina. “Eu presto atenção na aula e faço todos os deveres de casa. Acho que isso faz muita diferença. Para ele, desafios como as olimpíadas são uma forma de testar seus conhecimentos e se motivar ainda mais.
“Ganhar as medalhas foi uma experiência incrível. Na cerimônia no Rio de Janeiro, encontrei medalhistas de outros estados. É como se meu esforço fosse reconhecido”, afirmou.
Para Ignez Martins, diretora pedagógica Escola da Ilha, é no dia a dia que um aluno se destaca, não é um estudo pontual.
“É um sucesso que ele alcançou porque tem uma trajetória cotidiana de estudar, de se organizar, de ir além. A importância dessa conquista é a superação de desafios, de abraçar oportunidades”.
Ignez lembra que isso também serve para motivar outros alunos a fazerem o mesmo. “Ou seja, mostra que é possível alcançar grandes feitos”.
Patrizia Lovatti, professora de Matemática Escola da Ilha, assegura que esse esforço não é algo de “última hora”. “Enzo leva tudo a sério. Não só atividades, mas provas, simulados, projetos, entre outros. A conquista é importante para que ele reconheça que o seu esforço e talento lhe trouxeram resultados positivos”.
“Todo o esforço valeu a pena”
A Tribuna — Como você se sente tendo conquistado esse resultado?
Enzo Villela — Foi uma sensação muito boa. Essa foi a minha primeira medalha de ouro nacional, mas não foi a primeira vez que participei. Quando eu estava no sexto ano, já tinha feito essa prova, cheguei até a segunda fase, e consegui um bronze regional e uma menção honrosa.
Esse ano eu passei de novo para a segunda fase e consegui o bronze e o ouro. Foi incrível, porque parece que todo o esforço valeu a pena. Teve a cerimônia no Rio de Janeiro, foi muito legal. Conheci gente de vários estados, medalhistas também, e além da cerimônia teve jogo, atividade... A gente se divertiu bastante.
Você aprende rápido. Como é sua rotina de estudos?
Então, eu presto bastante atenção nas aulas. Acho que esse é o segredo. Quando chego em casa, não preciso ficar repetindo várias vezes a mesma coisa. Até porque eu não gosto de ficar só lendo a mesma coisa, acho meio chato. Se eu já entendi na sala, para mim já tá bom.
Eu vejo colegas que não fazem os deveres de casa, acham que não faz diferença, mas faz sim. É no dever de casa que você revisa a matéria do dia. Se não faz, depois fica perdido. Por isso eu tento sempre fazer tudo que os professores pedem.
E quais são os seus próximos passos?
Agora eu já passei para a segunda fase da OBMEP e vou me preparar para tentar conquistar ouro de novo. Além disso, quero muito passar no Ifes, é o meu sonho. Vou tentar como treineiro esse ano, porque tenho muita vontade de entrar no curso técnico de Eletrotécnica.
Mais para frente, quando chegar no ensino médio, aí eu vou pensar melhor na faculdade. Primeiro quero focar no presente, ver se gosto mesmo da área e se eu sou bom nisso.
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