O que a educação fez por mim: Sérgio Vidigal e Damaso de Almeida Rangel
Prefeito da Serra e médico aposentado fazem relatos
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Bolsa para estudar em escola particular
“Nasci em Santo Antônio, Vitória, e iniciei meus estudos na escola Alberto de Almeida, no mesmo bairro. Depois de alguns anos, nos mudamos para Jardim América (Cariacica) e fui estudar na escola Professor Cerqueira Lima, que também era da rede pública.
Na minha época, existiam os exames de admissão para o ginásio. Eu passei e ganhei uma bolsa de estudos para o Colégio Americano Batista, no Parque Moscoso, em Vitória.
Estudei todo o ginásio até o segundo ano científico lá, mas, no terceiro ano, fui para o Colégio Nacional para me preparar para o vestibular de Medicina.
Passei na Emescam e me formei em 1980. Depois de formado, fiz especialização em psiquiatria e passei a atuar no antigo hospital psiquiátrico Adauto Botelho e em clínicas psiquiátricas e de repouso. Mas minha mãe dizia sempre que queria um filho médico, para ajudar os mais necessitados, e um filho pastor.
Então ela puxou minha orelha, pois disse que eu não estava cumprindo o compromisso a quem mais precisava. Por isso, eu fui para a Serra, atuar no pronto-socorro de Carapina.
Foi entre os atendimentos na Serra, que começou a ter uma procura cada vez maior, que a vida pública aconteceu.
Hoje, olhando a trajetória, agradeço muito aos meus pais, que sempre fizeram questão de incentivar os estudos.”
Sérgio Vidigal, 65, é médico e prefeito da Serra
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Da escola rural a três cursos superiores
“Sou de Apiacá, mas comecei minha vida escolar em uma escola rural no distrito de Nossa Senhora da Penha, em Itaperuna (RJ). Na época, eu e meus irmãos íamos a cavalo para a escola, que tinha várias turmas em uma só sala. Depois, aos 12 anos, nos mudamos para Bom Jesus do Itabapoana, onde estudei por um tempo.
Quando tinha 15 anos, passei a estudar no colégio de São José do Calçado, e nós tínhamos de ir e voltar de ônibus.
De lá, prestei vestibular para a Universidade Rural do Brasil (Seropédica, Rio de Janeiro), onde cursei Medicina Veterinária. Sempre fui persistente no que queria, por isso comecei a estudar para concursos.
Trabalhei na Secretaria de Estado da Agricultura e, depois, passei para o Ministério da Agricultura, onde me aposentei após 35 anos de serviço.
Nesse meio tempo, cursei Geografia, em Colatina, e iniciei o curso de Medicina em Valença (RJ). Depois, voltei para Vitória, tentando a transferência. Consegui concluir o curso de Medicina na Ufes, em 1977.
Atuei por anos na medicina depois de me aposentar no Ministério. Tenho orgulho do que a educação fez por mim e do que pude proporcionar aos meus filhos: um médico, um engenheiro e um odontólogo.”
Damaso de Almeida Rangel, 85, médico, médico veterinário aposentado e assinante de A Tribuna.
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