O que a educação fez por mim: Luiz Otávio Coelho e Isabella Lira
Advogado e empresária fazem relatos
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Paixão pelos estudos - Luiz Otávio Coelho, 69 anos, advogado
“Quando eu tinha sete anos de idade, lá no Mato Grosso do Sul, eu e meu irmão compramos uma caixa de engraxate, porque queríamos ter coisas que nossos pais, de família humilde, não podiam nos dar. Com 12 anos, já em São Paulo, trabalhei em uma banca de verduras, cuja remuneração me permitiu pagar minha escola.
Eu estudava à noite e trabalhava durante o dia. Depois, fui trabalhar em uma fábrica de roupas. Eu queria priorizar o trabalho em detrimento dos estudos, mas meus pais não permitiram. Eles diziam que os estudos eram a única herança que poderíamos ter.
Anos mais tarde, no Espírito Santo, entrei na Escola Técnica Federal, que foi a virada de chave na minha vida em termos de gostar de estudar. Tomei gosto pelos estudos. Fiz vestibular para Engenharia e Direito e passei nos dois. Resolvi cursar Direito e me apaixonei. Nunca parei de estudar, o que me trouxe a uma carreira que considero exitosa. Ao longo dessa trajetória, fui professor de muita gente, em muitas instituições de ensino superior. Posso dizer que a educação fez tudo por mim e me permitiu, como advogado, dar voz a tantas pessoas que, no dia a dia da nossa sociedade, não têm voz.”
Oportunidade na vida - Isabella Lira, 42 anos, administradora e empresária
“Sou filha de uma professora e um pai assalariado, enxergo a educação como a grande e mais importante oportunidade na vida de uma pessoa. Meus pais sempre foram conscientes de que as mais importantes mudanças de vida só seriam possíveis de acontecer se eu tivesse uma boa educação.
Então, eles se apertavam financeiramente para que eu e minha irmã estudássemos nas melhores escolas. E ainda fazíamos aulas de inglês.
O mundo dos meus amigos de escola era completamente diferente da realidade a qual eu vivia. Meus colegas de classe enviavam motoristas para o meu endereço para sairmos juntas.
Diante disso, eu coloquei o propósito de que iria estudar e conquistar. Havia até um pai de uma dessas amigas minhas que sempre falava que conseguiu crescer na vida estudando e com muita batalha e muita luta.
Então, segui estudando, fiz faculdade, mestrado e doutorado e planejei minhas conquistas pessoais. Desde o primeiro carro até a adesão à franquia da escola Grau Técnico e Profissionalizante. Para mim, a educação consegue transformar a vida de uma pessoa. É preciso acreditar.”
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