O que a educação fez por mim: Hermínia Azoury e Aderjanio Pedronio
Juíza e empresário fazem relatos
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Apoio do pai e vontade de fazer justiça
“Nasci no interior da Bahia. Meu pai foi padre, mas renunciou após se apaixonar pela minha mãe. Eles tiveram sete filhos. Meu pai sabia a importância da educação. Sempre priorizou nossos estudos. Dizia que nós, mulheres, tínhamos de estudar para não depender de ninguém.
Como ele tinha uma fazenda no Sul da Bahia, ficamos lá até a adolescência, mas ele sabia que não poderia nos dar a melhor educação lá. Ele nos mostrou o mapa, dizendo que a opção era ou ir para Salvador ou para Vitória e Vila Velha. Viemos então para Vila Velha.
Estudei no Colégio São José. Depois, escolhi o que eu estudaria. Eu já tinha sede de justiça. Meu pai, que era muito culto, escrevia muito bem, me incentivou. Fiz faculdade de Direito, atuei por 16 anos na Defensoria Pública, mas queria fazer mais pelas pessoas.
Tentei concurso para juíza. Passei no terceiro. Com a experiência na Defensoria, na primeira semana já estava em um júri, em Mantenópolis. Hoje, depois de tantos anos atuando na defesa das mulheres vítimas da violência doméstica, entendo a importância da educação para mudar a sociedade”.
Hermínia Azoury, juíza e coordenadora Estadual de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar do TJES
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Papel da família e dos escoteiros na educação
“Apesar de ter nascido em Colatina, passei a maior parte da infância e adolescência em Linhares. Estudei no colégio Polivalente, que era público. Eu me lembro que sempre teve uma excelente estrutura e bons professores. Tinha aula de técnicas agrícolas, comerciais e domésticas. Era uma escola onde havia muito respeito.
Mas, além do colégio, o que considero que foi fundamental para a minha educação foi o envolvimento da família na igreja, até mesmo o grupo de escoteiros, que participei por muitos anos. A escola, sozinha, não é responsável pela educação se não houver uma base forte da família.
Quando fui morar em Aracruz, mais tarde, fiz dois anos de faculdade de Contabilidade e dois anos de Administração. Também ajudei a fundar o grupo de escoteiros de lá. Até hoje, temos contatos e amizades que levo para a vida”.
Aderjanio Pedronio, 55, empresário e assinante de A Tribuna
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