Foguetes que rendem ouro para estudantes
Alunos de Vila Velha foram destaque na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
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Pedro Dornelas, Gustavo Morais e Flávio Ximenes se destacaram na 39ª Jornada de Foguetes, evento da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), realizado no início deste mês no Rio de Janeiro. Nele, estudantes de todo o Brasil competiram lançando foguetes construídos em suas escolas.
O trio conquistou medalhas de ouro ao apresentar um foguete que alcançou a marca de lançamento de 212,7 metros de altura.
Os adolescentes de 15 anos, que cursam a primeira série do ensino médio no Colégio Vicentino São José, em Vila Velha, construíram a peça com garrafa pet e usaram uma mistura de bicarbonato de sódio e vinagre como combustível. Foram feitos vários testes de pressão e aerodinâmica para garantir o resultado.
Para o professor de Matemática e Física, Eduardo Saib, que orientou os estudantes da escola canela-verde para a Jornada, participar desse tipo de ação é bastante positivo e contribui com o desenvolvimento escolar dos alunos.
“Tem todo um trabalho de equipe e o desenvolvimento dentro do conteúdo que eles produziram no contexto de física. Eles não só fizeram o foguete como também tiveram de apresentar, trabalhando a questão da desenvoltura para apresentações”, comentou.
Pedro disse que gostou muito de ter participado da competição e do processo de construção do foguete. “Ajudou bastante a desenvolver as minhas habilidades na escola e também tive uma experiência nova lá fora. Foi bem legal”.
Além do lançamento dos foguetes, ao longo do evento, os participantes também contaram com palestras sobre construções de foguetes de combustível sólidos, planetário e de Astronáutica e Astronomia.
Participação
Antes da 39ª Jornada de Foguetes, o trio marcou presença na Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) que aconteceu em maio, na Marinha, em Vila Velha, e foi campeão do evento com o lançamento de um foguete que alcançou 365 metros de altura.
Após o resultado, os alunos foram convidados para a Jornada, que teve a participação de 68 equipes de todo o Brasil.
"É uma grande conquista"
Para entender melhor sobre a participação dos alunos na 39ª Jornada de Foguetes, A Tribuna conversou com Eduardo Saib, professor de Matemática e Física do Colégio Vicentino São José, em Vila Velha. Ele foi o orientador dos adolescentes ao longo do processo de criação do foguete.
A Tribuna – Os estudantes tinham aulas em sala de aula? Como funcionou o processo até a competição?
Eduardo Saib – A gente tem um projeto na escola que começou desde fevereiro e teve fim em maio, que está dentro da matéria de Física e do itinerário do Novo Ensino Médio. Nele, alunos das duas primeiras séries do ensino médio participaram do processo de desenvolvimento de foguetes. Criamos as equipes e fomos para a Marinha, onde fizemos o campeonato interno, que é a Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog).
Os meninos (Pedro Dornelas, Gustavo Morais e Flavio Ximenes) se destacaram e foram convidados para a Jornada, no Rio de Janeiro.
- Qual é a importância dos alunos participarem da 39ª Jornada de Foguetes?
Foi bastante positivo. Tem todo um trabalho de equipe e o desenvolvimento dentro do conteúdo que eles produziram no contexto de física. Eles não só fizeram o foguete como também tiveram de apresentar, trabalhando a questão da desenvoltura para apresentações.
- Como é o trio em sala de aula?
Eles são esforçados, bastante dedicados e comprometidos. Fazem as atividades corretamente. São excelentes.
- É um orgulho para a escola essa conquista?
É sim. É uma grande conquista para os nossos alunos. Ficamos na frente de vários institutos federais de todo o Brasil.
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