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Estudo capixaba com leite e cerveja ganha destaque nacional

Pesquisa de alunas da Escola São Domingos detectou a presença de microplásticos em diversas bebidas produzidas no Brasil


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Imagem ilustrativa da imagem Estudo capixaba com leite e cerveja ganha destaque nacional
As estudantes Ana Luisa Marinato, Beatriz Fava e Júlia Lima desenvolveram projeto |  Foto: Gustavo Forattini / AT

Estudantes da Escola São Domingos (ESD), em Vitória, realizaram uma pesquisa pioneira no País que apontou a presença de microplásticos em bebidas industrializadas produzidas no Brasil. Para a ação, refrigerante, cerveja, leite, água e suco foram analisados.

Com início no ano passado, o estudo foi desenvolvido para uma Feira de Ciências da escola, mas, de tão interessante, não parou por aí, ganhando até mesmo destaque nacional.

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Ele já foi apresentado na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam), na Assembleia Legislativa do Estado e também na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece na Universidade de São Paulo (USP).

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|  Foto: Gustavo Forattini / AT

Na Febrace, inclusive, a iniciativa ganhou uma premiação na categoria de Saúde.

As responsáveis pelo projeto, Ana Luisa Marinato, Júlia Lima e Beatriz Fava, de 17 anos e estudantes da 3ª série do ensino médio, explicaram que a ideia inicial era estudar microplásticos em lagoas de Vitória, no entanto, o professor orientador Gustavo Martins deu a ideia de seguir a análise das bebidas por ser inovador.

Para o trabalho, as alunas tiveram suporte do laboratório da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde fizeram análises ao longo de um mês. Elas estudaram 10 produtos de diferentes marcas e todos eles tinham microplásticos.

“Fizemos uma análise de variância e concluímos que essa contaminação por microplástico vem do meio de produção de cada empresa e não diretamente do tipo de embalagem”, afirmou Beatriz.

“O fato da embalagem ser de plástico não influencia diretamente na contaminação. Tanto que a bebida em que mais foram encontrados microplásticos foi o suco com material cartonado, que não é de plástico”, completou a jovem.

Para o futuro, o trio tem o objetivo de seguir pesquisando. “Estamos esperando conseguir apoio financeiro e disponibilidade de laboratório para continuarmos. Fazer com mais amostras e levar para as indústrias a fim de tentar entender de onde vem o problema”, disse Júlia.

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|  Foto: Gustavo Forattini / AT

Relevância

“A pesquisa foi feita para uma Feira de Ciências da escola, e o resultado tomou grandes dimensões. Fomos apresentar até na USP, de tanto que o estudo foi relevante para a sociedade”.

- Ana Luisa Marinato, 17, estudante

Mais estudo

“Temos por objetivo no momento fazer um estudo com a água que chega em casa, que vem da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), para saber se há microplástico”.

- Beatriz Fava, 17, estudante

Realização

“A gente se sente muito realizada e feliz por termos tido a oportunidade de participar dessa iniciação científica. A gente gosta de poder ajudar o futuro e pretendemos levar o projeto para frente”.

- Júlia Lima, 17, estudante


Saiba mais

Microplástico

É uma partícula sólida baseada em polímero com comprimento menor que cinco milímetros.

Foram identificados pela primeira vez em 1970, e a partir daí viraram um fator de preocupação.

Ainda é difícil explicar sobre os seus malefícios, mas há especialistas que apontam que ele pode causar processos inflamatórios no corpo.

Uma pesquisa feita pela Aalborg University, da Dinamarca, mostrou que as pessoas inalam 16,2 bits de microplásticos por hora. Em uma semana, a quantidade equivale ao necessário para fabricar um cartão de crédito.

O estudo

Alunas da Escola São Domingos (ESD), em Vitória, realizaram uma pesquisa a qual apontou que há microplásticos em bebidas industrializadas produzidas no País.

É um estudo pioneiro no Brasil.

Refrigerantes, cerveja, leite, água e suco foram analisados e em todas as amostras havia microplásticos. Ao todo, foram estudados 10 produtos de diferentes marcas.

Foi detectada uma diferença significativa entre variadas marcas, porém não entre os tipos diferentes de bebidas e nem em relação à embalagem.

As estudantes concluíram que a contaminação por microplástico vem do meio de produção de cada empresa.

A embalagem ser de plástico não influencia diretamente na contaminação. A bebida em que mais foram encontrados microplásticos, por exemplo, era o suco armazenado em embalagem com material cartonado.

Fonte: Pesquisa AT e alunas entrevistadas.

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