Alunos produzem “energia verde” para o meio ambiente
Projeto está criando combustível renovável que pode ser usado em veículos, diminuindo o efeito estufa e o aquecimento global
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Experimentar a pesquisa científica, colocar a química em prática e fazer sua parte para preservar o meio ambiente. Tudo isso enquanto ainda está no ensino médio.
É essa oportunidade que quatro alunos da escola estadual Silvio Rocio, em São Torquato, Vila Velha, estão tendo graças ao H2V na Escola, um projeto de iniciação científica júnior que tem como objetivo produzir hidrogênio a partir da eletrólise da água.
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Coordenador-geral do projeto, o professor doutor Gilberto Brito explica o processo. “Os alunos estão construindo um eletrolisador portátil, um pequeno reator que é capaz de produzir o gás hidrogênio a partir da energia solar”, detalhou.
Conhecer o processo de produção do gás hidrogênio verde é um dos objetivos do trabalho. “É um combustível renovável que pode ser usado em veículos, navios e aviação, substituindo combustíveis fósseis e, por consequência, diminuindo o efeito estufa e aquecimento global”, detalha.
Estudantes que participam do projeto se reúnem de três a quatro vezes por semana. Eles passam por todas as fases de uma pesquisa científica: pesquisam, produzem artigos, vão a congressos e colocam a mão na massa. “Nós os ensinamos, mas depois eles que constroem”, destaca Gilberto.
O projeto também conta com um professor tutor, que é o Raphael Pereira. Além disso, também integra o grupo Isabela Fernandes, aluna da Faesa.
Já os alunos do ensino médio são Maria Eduarda Rosa, 16, Matheus Freitas, 15, Alane dos Santos, 16, e Carlos Amália, 17.
Carlos recorda que quando foi selecionado, ficou muito feliz, principalmente porque química é a carreira que pretende seguir. “Gostei da química assim que a conheci. Adoro a prática”, diz.
Ele também diz que o projeto está sendo muito bom, tanto pelas novas experiências que está vivendo quanto pela sua importância. “Eu acho que estamos fazendo várias coisas que podem ajudar a todos no país.”
Todos os estudantes recebem bolsa. Carlos conta ainda que a bolsa tem feito a diferença, principalmente na hora de se tornar mais independente. “Estou me tornando menos dependente dos meus pais, ajudando em casa e podendo comprar minhas coisas”.
No projeto, os estudantes já realizaram coleta de lixo eletrônico, fizeram seu reaproveitamento e promoveram na escola e comunidade ao redor a coleta seletiva de resíduos eletrônicos.
Fique por dentro
H2V na Escola
Projeto de pesquisa que integra o Programa de Iniciação Científica Júnior - Pesquisador do Futuro.
A equipe do projeto foi escolhida através de uma seleção composta por várias fases, incluindo análise do histórico escolar, assiduidade e entrevista.
Ela é composta por um aluno da Faesa e quatro do ensino médio da Escola Estadual Silvio Rocio, no bairro São Torquato, em Vila Velha.
O projeto tem recursos vindos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). Assim, cada estudante recebe uma bolsa.
Iniciado em março deste ano, o objetivo do projeto é produzir hidrogênio (fonte de energia limpa) utilizando energia solar.
Andamento
H2V nas escolas segue até dezembro. Ele tem várias fases. Primeiro, os alunos coletaram resíduos eletrônicos na escola e na comunidade escolar, como pilhas. Eles também pesquisam, produzem artigos e participam de congressos.
Nesse momento, estão desenvolvimento um eletrolisador portátil capaz de produzir o gás hidrogênio (gás combustível) a partir da energia solar e por meio do aproveitamento do bastão de grafite das pilhas coletadas.
Um eletrolisador portátil é um dispositivo que utiliza eletricidade para separar a água em hidrogênio e oxigênio, através de um processo químico chamado eletrólise.
Benefícios
Desenvolvimento de novas competências tanto para o mercado de trabalho quanto para a vida.
Fonte: Equipe do projeto H2V na Escola.
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