Ajuda de mascote facilita aprendizado da leitura
Tartaruga feita de feltro, Cloe é levada para casa pelos alunos e, junto dela, são encaminhadas atividades
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Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Sebastião Rodrigues Sobrinho, localizada em Cariacica, os alunos do primeiro ano contam com uma pequenina e esverdeada aliada no processo de alfabetização: a tartaruga Cloe.
Feita de feltro, a boneca encanta tanto os estudantes quanto os pais deles desde o início do ano, quando o projeto em que ela se tornou protagonista, o “Aprendendo a ler com a Cloe”, entrou em ação.
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Todos os dias um aluno é sorteado para levar a mascote para casa e, junto dela, são encaminhadas uma pasta com atividades de alfabetização, um jogo (como quebra-cabeças) e fichas de leitura.
De acordo com a professora Olga Maria Lopes da Silva de uma turma de 1º ano e responsável por confeccionar a boneca, a base do projeto é a conexão com a família. “A ideia dela (Cloe) ir para casa é para que consiga, junto dos pais, alfabetizar e participar da vida escolar da criança”.
A educadora ressaltou que na sala de aula é trabalhado o método fônico, que é o de ouvir e entender os sons das letras para poder aprender a escrever. Todo esse conhecimento volta com o pequeno para casa, e é impulsionado pela família com a companhia da boneca.
“Os pais participam ativamente com a 'Cloe' ao sentarem com a criança para fazer as atividades propostas. É excelente”, reforçou Luziana Siqueira Toledo, professora de outra turma do 1º ano.
As docentes afirmaram que a ação está tendo bons resultados. “90% dos alunos estão lendo. Temos alunos que já leem livrinhos de histórias em casa, com 5 ou 6 anos. As turmas identificam os sons, conseguem formar as palavras e já leem histórias. Em um período curto de tempo, o incentivo da 'Cloe' com a família já fez grande diferença”, disse Luziana.
A professora pontuou que outro benefício do projeto é a responsabilidade que os pequenos passam a ter. “A partir do momento que levam para casa, eles têm uma responsabilidade com a tartaruga. E a partir do momento que têm o cuidado com a Cloe, têm o cuidado com o material escolar, com os coleguinhas e se atentam para a organização”.
Por fim, a professora Olga ressaltou animada que no segundo semestre do ano a iniciativa estará cheia de surpresas. Seriam novos jogos disponíveis? Ela não revelou! “Será muito legal para os estudantes”.
Projeto aprovado por mães
A representante comercial Eunice Boa, de 42 anos, mãe de Paulo Victor, de 6, e a manicure Josilene Schellmann, de 35, mãe de Agatha, de 6, estão felizes com o projeto da “Cloe”.
“É muito lindo esse trabalho, um incentivo maravilhoso que, querendo ou não, une as famílias”, comentou Eunice.
Josilene fez só elogios. “Além do aprendizado, Agatha teve cuidado, carinho e responsabilidade com a boneca. E se interessou muito em ler. Ótima iniciativa”.
O que dizem as especialistas
"Apoiamos as escolas, professores e educadores que desenvolvem e aperfeiçoam os projetos de alfabetização dos alunos. Os resultados são os melhores possíveis, pois além de qualificar, a educação transforma os alunos em protagonistas do seu próprio saber" - Luzian Belisario, secretária de Educação de Cariacica
"Em um processo de alfabetização há metodologias variadas, que sejam ativas e participativas.E a 'Cloe' trouxe isso para nós. Interação com a família, e entre os colegas, a responsabilidade" - Juliana Xavier Moreira, diretora da escola
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