Após uma semana em liberdade, Toninho Pavão retorna à cadeia
Considerado um dos criminosos mais perigosos do Espírito Santo, José Antônio Marim, o Toninho Pavão, retornou à cadeia nesta quarta-feira (16) após receber o benefício de saída temporária da Justiça e passar uma semana em liberdade. O retorno foi confirmado pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
Condenado a 64 anos de prisão, ele cumpre pena na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha.
Ele saiu da penitenciária na última quarta-feira (9), onde cumpre pena desde novembro de 2018 e, no período em que esteve livre, usou tornozeleira eletrônica e teve circulação restringida.
Toninho Pavão é acusado de comandar uma quadrilha de tráfico de drogas, de assassinatos, de cerca de 100 assaltos a bancos pelo país, assim como de ordenar diversos ataques a ônibus na Grande Vitória. Ele chegou a fugir da cadeia e escapou vestido de mulher. Foi recapturado, levado para presídio de segurança máxima fora do Estado, mas voltou em 2015.
Ele recebeu o direito ao benefício por bom comportamento durante a detenção. Toninho ainda foi submetido a um exame criminológico a pedido da Justiça com o objetivo de avaliar se ele era apto deixar a cadeia temporariamente.
QUEM É TONINHO PAVÃO
Tráfico
- José Antônio Marim, o Toninho Pavão, é um dos bandidos mais perigosos do Estado. Foi preso em 2000 acusado de comandar uma quadrilha de tráfico de drogas com ligações fora do Espírito Santo.
Fuga vestido de mulher
- Três anos depois, ele fugiu do presídio de segurança máxima de Viana pela porta da frente. A fuga foi inusitada porque Toninho Pavão se vestiu de mulher para despistar e escapar da cadeia. Ele saiu do Estado em um avião. Foi recapturado no ano seguinte, em dezembro de 2004, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Assaltos a banco
- Segundo apurações da polícia, Pavão tem ligação com cerca de 100 assaltos a banco no Espírito Santo e em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas e Bahia.
Assassinatos
- Temido no tráfico, Toninho Pavão, mesmo de dentro da cadeia, ordenou o assassinato de um casal em 2006 por causa de uma dívida de R$ 70 mil. O crime, brutal, chocou o Estado.
Presídio Federal
- Após a execução do casal, o criminoso foi transferido com outros bandidos para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima, em Catanduvas, no Paraná.
Incêndio a ônibus
- Revoltado com a transferência, ele é acusado de ordenar dezenas de incêndios a ônibus na Grande Vitória.
Retorno ao Estado
- Em 2006, o traficante foi transferido para o Presídio Federal de Rondônia, onde ficou até voltar para o Estado em 2015.
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