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Polícia

Toninho Pavão vai ficar uma semana fora da cadeia por decisão judicial


Imagem ilustrativa da imagem Toninho Pavão vai ficar uma semana fora da cadeia por decisão judicial
Toninho Pavão é acusado de vários crimes |  Foto: Fábio Nunes - 09/05/2006

Considerado um dos criminosos mais perigosos do Espírito Santo e já condenado a 64 anos de prisão por alguns dos crimes que cometeu, José Antônio Marim, o Toninho Pavão, recebeu um benefício da Justiça e vai passar uma semana fora da cadeia.

Ele saiu nesta quarta-feira (9) pela manhã da Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV), onde cumpre pena desde novembro de 2018, e só retorna para o presídio na próxima quarta, dia 16. Nesse período, vai ter que usar tornozeleira eletrônica e terá restrição de circulação.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e também por um dos advogados do preso, Wanderson Omar Simon.

Toninho Pavão é acusado de comandar uma quadrilha de tráfico de drogas, de assassinatos, de cerca de 100 assaltos a bancos pelo país, assim como de ordenar diversos ataques a ônibus na Grande Vitória. Ele chegou a fugir da cadeia e escapou vestido de mulher. Foi recapturado, levado para presídio de segurança máxima fora do Estado, mas voltou em 2015.

O advogado Wanderson Simon detalhou o benefício conseguido por seu cliente. Segundo ele, as penas já determinadas pela Justiça contra Toninho Pavão somam 64 anos e a lei estabelece que, para presos reincidentes, é permitido o benefício da saída temporária, conhecido normalmente por “saidinha”, quando é cumprido um quarto da pena.

“Neste caso, para ele, são 16 anos. Mas meu cliente está preso há 19 anos e seis meses. Já são três anos e meio a mais do que a lei permite para que ele tenha esse benefício. Agora Justiça concedeu, mas somente após uma série de avaliações”, declarou o advogado.

Bom comportamento e filha recém-nascida

Segundo Wanderson Simon, um atestado de boa conduta foi emitido pela direção da unidade prisional, mostrando que ele tem bom comportamento.

“Ele trabalha na cadeia na limpeza, na distribuição de alimentos... Além disso, já estudou e constituiu uma nova família, tendo inclusive uma filha recém-nascida”, detalhou o advogado.

Ainda de acordo com a defesa, a Justiça pediu também que Toninho Pavão fosse submetido a um exame criminológico. O objetivo era avaliar se ele se encontrava apto a obter o benefício de sair temporariamente da cadeia.

“Essa avaliação foi feita por uma comissão técnica de classificação, formada por assistente social, psicólogo e o chefe da segurança do presídio. E ele também foi aprovado”, disse.

A saída temporária foi autorizada apenas com o uso obrigatório da tornozeleira eletrônica em todo o período em que estiver fora da cadeia.

Imagem ilustrativa da imagem Toninho Pavão vai ficar uma semana fora da cadeia por decisão judicial
Toninho Pavão fugiu da cadeia e foi preso pela Polícia Federal |  Foto: Agência Estado - 03/12/2004

Segundo nota enviada pela Sejus, por meio da tornozeleira “é possível acompanhar a geolocalização do apenado, e um alerta é feito quando o equipamento é descarregado, desconectado ou circula fora da área de abrangência ou horário autorizados. A Sejus realiza esse monitoramento e comunica autoridades policiais e o Poder Judiciário quando uma dessas irregularidades é identificada”.

Nos sete dias em que vai ficar longe da penitenciária, o advogado Wanderson Simon disse que Toninho Pavão vai se dedicar à família. O local onde ele vai ficar não será divulgado por questão de segurança.

“Vai reencontrar a família, fortalecer os laços familiares, já que muitos parentes ele não vê há anos. Esse benefício é importante justamente porque permite que a Justiça avalie o comportamento do preso antes dele ir para o regime aberto. É uma forma de evitar que saia direto do regime fechado para o aberto”, explicou.

Veja a nota da Sejus sobre a saída do preso:

"José Antônio Marim cumpre pena, desde novembro de 2018, na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha. Ele recebeu o benefício de saída temporária entre os dias 09 e 16 de setembro de 2020, condicionada ao monitoramento eletrônico.

Por meio das tornozoleiras, é possível acompanhar a geolocalização do apenado, e um alerta é feito quando o equipamento é descarregado, desconectado ou circula fora da área de abrangência ou horário autorizados. A Sejus realiza esse monitoramento e comunica autoridades policiais e o Poder Judiciário quando uma dessas irregularidades é identificada.

Para informações sobre o cumprimento da pena, progressão de regime e benefícios, é necessário consultar o Poder Judiciário."


QUEM É TONINHO PAVÃO


Tráfico

  • José Antônio Marim, o Toninho Pavão, é um dos bandidos mais perigosos do Estado. Foi preso em 2000 acusado de comandar uma quadrilha de tráfico de drogas com ligações fora do Espírito Santo.

Imagem ilustrativa da imagem Toninho Pavão vai ficar uma semana fora da cadeia por decisão judicial
Toninho Pavão foi levado para penitenciária federal no Paraná |  Foto: Bruno Zorzal - 20/06/2006
Fuga vestido de mulher

  • Três anos depois, ele fugiu do presídio de segurança máxima de Viana pela porta da frente. A fuga foi inusitada porque Toninho Pavão se vestiu de mulher para despistar e escapar da cadeia. Ele saiu do Estado em um avião. Foi recapturado no ano seguinte, em dezembro de 2004, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Assaltos a banco

  • Segundo apurações da polícia, Pavão tem ligação com cerca de 100 assaltos a banco no Espírito Santo e em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas e Bahia.

Assassinatos

  • Temido no tráfico, Toninho Pavão, mesmo de dentro da cadeia, ordenou o assassinato de um casal em 2006 por causa de uma dívida de R$ 70 mil. O crime, brutal, chocou o Estado.

Presídio Federal

  • Após a execução do casal, o criminoso foi transferido com outros bandidos para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima, em Catanduvas, no Paraná.

Incêndio a ônibus

  • Revoltado com a transferência, ele é acusado de ordenar dezenas de incêndios a ônibus na Grande Vitória.

Retorno ao Estado

  • Em 2006, o traficante foi transferido para o Presídio Federal de Rondônia, onde ficou até voltar para o Estado em 2015.

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