O que esperam produtores com a nova safra de café
Eles estão de olho no tempo, fator crucial para uma boa colheita, e otimistas com o preço, que gira em torno de R$ 2.350 a saca

Na região Serrana do Espírito Santo, o branco vibrante das flores de café já não é mais o único protagonista nas lavouras. A paisagem vem se transformando e, com ela, a expectativa dos produtores por uma safra promissora também cresce.
Agora, todos os olhares estão voltados para o clima, um fator crucial que pode determinar o sucesso da colheita.
Na Fazenda Pedra Azul, localizada em Várzea Alegre, no interior de Santa Teresa, o médico veterinário e produtor rural Robson José Erler, de 35 anos, está otimista com o aumento da produção e do preço do produto, que atualmente gira em torno de R$ 2.350 a R$ 2.450 a saca.
Ele cultiva cerca de 30 mil pés de café, dos quais 8 mil estão em plena atividade, gerando uma colheita de aproximadamente 400 sacas. Com 175 hectares de terra, ele acredita que ainda há espaço para expandir.
A trajetória de Robson também é marcada pelo cooperativismo. Cliente do Sicoob há mais de 20 anos, ele recorda que foi a cooperativa que apostou em seus primeiros passos no campo.
“No início, precisei de um financiamento para comprar uma caminhonete e tocar a propriedade. O Sicoob abriu as portas para mim e, desde então, tem estado ao meu lado”, relembra.
Esse suporte permitiu que ele investisse em tecnologia, aprimorasse processos e garantisse o crescimento sustentável da fazenda. “Crédito cooperativo não é apenas dinheiro. É uma parceria. Sei que posso contar com o cooperativismo tanto para investir quanto para enfrentar os momentos difíceis”.
Para Robson, a próxima safra traz uma sensação de confiança. “O café depende da chuva, do sol e do cuidado diário. Mas também depende do apoio que temos para continuar investindo. É isso que me dá a tranquilidade de olhar para o futuro”, diz.
Na vizinhança, o produtor Luís Antônio Redighieri, de 73 anos, também observa atentamente o desenvolvimento dos grãos que brotarão da florada do café.
Para ele, a expectativa vai além de números: “É a conexão com a terra e a esperança de um futuro promissor. Tudo isso agregado ao cooperativismo”.
“Preço deve se manter”, diz produtor
Nas montanhas capixabas, Luís Antônio Redighieri é um grande conhecedor do café conilon. Ele passa seus dias entre os pés de café, observando cada flor, cada fruto, cada detalhe da lavoura.
Para ele, a florada não é apenas um espetáculo visual; é o início de mais uma safra, o começo de meses de cuidado, expectativa e trabalho árduo no campo. “Para a nova safra esperamos que o valor da saca permaneça”.
O produtor é cliente do Sicoob há décadas e se lembra bem do momento em que precisou de apoio para investir na sua propriedade.
Hoje, com a produção já consolidada, ele se dedica a práticas agrícolas que elevam a qualidade do café e a produtividade da propriedade.
Tradição
Para ele, mais do que uma simples fonte de renda, o café representa tradição, memória e legado.
Luís Redighieri sonha em deixar a propriedade em boas mãos para as próximas gerações, mostrando que o sucesso no campo não depende apenas de trabalho duro, mas também de planejamento e confiança.
Saiba mais
Uma história que dura 36 anos
Em 1989, um grupo de cerca de 20 pessoas se uniu com um objetivo bem claro: criar uma alternativa de crédito para muitos capixabas que, até então, tinham poucas opções. Assim nasceu o Sicoob Espírito Santo.
Para alguns produtores rurais, essa era a oportunidade de investir na terra, na produção e no futuro.
Com o passar dos anos, a cooperativa foi crescendo. Hoje, já são mais de 780 mil associados espalhados por 73 dos 78 municípios do Estado.
A cada nova agência inaugurada e a cada projeto lançado, o Sicoob se tornou parte da vida cotidiana das pessoas, não apenas como um banco, mas como um verdadeiro parceiro na hora de planejar, investir e enfrentar desafios.
Em 2025, a instituição celebrou 36 anos de história.
Essa data foi marcada por homenagens de autoridades e também pelos próprios associados que, ao longo desses anos, testemunharam uma trajetória repleta de oportunidades e transformações.
Fonte: Sicoob Espírito Santo.
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