O palco remendado
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Precisou a Conmebol assumir temporariamente a administração do Maracanã para que as partes mais desgastadas do gramados fossem trocadas. Mera maquiagem para a final da Copa América, que será disputada no dia 10 de julho. Nos próximos 16 dias, portanto, não haverá jogos no estádio e até lá todo o custo operacional estará sendo bancado pela entidade. Inclusive o do reparo no gramado, que agora está sob os cuidados da engenheira agrônoma Maristela Kuhn, prestadora de serviço da Conmebol.
Só não pensem se tratar de preocupação com a qualidade do futebol jogado no torneio, ou até mesmo interesse em deixar algum legado. Nada disso. O reparo leva em conta o estado precário do gramado e a necessidade de, na final, mostrar à audiência dos cinco continentes um campo mais próximo do chamado “padrão Fifa”.
Algo muito parecido com o que foi feito para a final da Libertadores entre Palmeiras e Santos, em janeiro, e que vem sendo feito pela gaúcha Maristela desde os Jogos da Rio 2016.
Mas o que importa é o pano de fundo dessa história. Porque com o fechamento das bilheterias, o Consórcio Maracanã, que representa os interesses de Flamengo e Fluminense na administração do estádio, ficou sem arrecadação.
E com a verba reduzida, a gestão do equipamento foi abalada. Como o contrato de concessão era um termo temporário encerrado em abril, os dois clubes unidos no negócio não se viram na obrigação de pôr dinheiro em obras de melhorias no patrimônio que pertence ao estado.
E não se trata apenas do gramado desgastado pelo número excessivo de partidas – cerca de 70 por ano. Há nos bastidores a preocupação com o desgaste das lonas que cobrem as marquises. Estima-se um gasto total de R$ 30 milhões no caso de ter de trocá-las e este é mais um ponto sensível na relação comercial com o estado.
Aliás, é um dos pontos que gera desconforto também no trato particular entre os dois clubes. Tema que tem sido discutido internamente na Gávea, tratando da viabilidade de possível ruptura na nova licitação.
O documento foi finalizado na semana passada pela comissão nomeada em março e está prestes a ser divulgado o chamamento para os interessados. Enquanto não houver um responsável definitivo pela gestão do outrora mais imponente estádio do mundo, o Maracanã viverá de remendos. No campo e em sua estrutura interna. E seja o que Deus quiser.
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Gilmar Ferreira, por Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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