Com Bolsonaro, Patriota deve mudar para Aliança
Cláudio Humberto
A filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Patriota, ainda a ser efetivada, parte da garantia de que ele terá o controle do partido, do qual seria presidente de honra, e a mudança de denominação. O
ex-Partido Ecológico Nacional (PEN) passaria a se chamar Aliança Pelo Brasil, cuja fundação a pandemia congelou.
O novo nome poderá ser consagrado na mesma convenção que receberá festivamente a filiação do Presidente. Há certa resistência à filiação de Bolsonaro, mas não tem peso político.
Possível sigla
Ainda há dúvidas sobre a mudança para Aliança. Nessa hipótese, é possível a manutenção da sigla “Patriota”, que Bolsonaro gosta muito.
Sem surpresas
Bolsonaro não deseja ser surpreendido por “rebeldia” como a de Luciano Bivar (foto), presidente do PSL, seu antigo partido, com quem romperia.
Projeto de vida
Após deixar a presidência da República, Bolsonaro pretende assumir o comando do Aliança e promover sua organização em todo o País.
Escalão avançado
O senador Flávio Bolsonaro foi o primeiro do grupo a ingressar no Patriota, a fim de “pavimentar” o terreno para a filiação do Presidente.
Governador não foi na CPI e ficou por isso mesmo
A CPI da Pandemia reagiu com “indignação” à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir o governador do Amazonas, Wilson Lima, escolher se atenderia ou não à convocação para depor. O presidente da comissão, senador Omar Aziz, político do Amazonas, prometeu recorrer do habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, mas, até agora, nada. O governador não compareceu e a CPI não recorreu da medida. À noite, a assessoria do STF disse não haver “localizado” o recurso da CPI.
Justificativa
Lima alegou que precisava “estar junto da população” após os ataques de bandidos em Manaus, após a morte de um chefe do tráfico.
Mesmo destino
Outros sete governadores têm depoimentos marcados pela CPI da Pandemia. Todos ainda podem recorrer ao STF, como Wilson Lima.
Sem novidades
Até o começo da noite de ontem, o STF não havia recebido qualquer recurso por parte da CPI ou do Senado.
Justa homenagem
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, decidiu homenagear o mais querido médico pediatra da História de Brasília, rebatizado o HMIB de Hospital Materno Infantil de Brasília Dr. Antonio Lisboa.
80 milhões de vacinas
O Brasil passou a marca das 80 milhões de vacinas aplicadas. Afora Estados Unidos, China e Índia, nenhum país aplicou tanto. Quase 56,2 milhões (26,8% da população) receberam ao menos uma dose.
Querer não é poder
Ao acatar pedidos para cancelar quebra de sigilos pela CPI, o ministro Luís Barroso disse que ocupar cargos do Ministério da Saúde não implica atuação ilícita. É como se pretendessem criminalizar a posse no cargo.
Recuperação possível
Especialistas veem chance de Bolsonaro de recuperar e voltar a crescer nas pesquisas para 2022. Só depende da economia, e as perspectivas são positivas: economistas apontam crescimento de 5% a 5,7% este ano.
Há pesquisas e “pesquisas”
Empresas de “pesquisa” recém aparecidas no mercado usam robôs para telefonar aos entrevistados, o que provoca distorções. Outras, “à moda antiga”, como a Paraná Pesquisas, não abrem mão de designar pessoas para entrevistar pessoas. É por isso que merece credibilidade.
AstraZeneca cresce
O aumento na disponibilidade de vacinas e insumos da Fiocruz fez aumentar a proporção de imunizantes Oxford/AstraZeneca aplicados no Brasil: já são 42,5% das vacinas. Coronavac são 59,3% e Pfizer, 3,5%.
Estimativas
Everton Gonçalves, da assessoria econômica da Associação Brasileira de Bancos, estima que a inflação
(IPCA) será de 5,8% em 2021, acima do teto de 5,25%. Para 2022, prevê o
IPCA em 3,7%.
Pensando bem...
...difícil é saber, na CPI da Pandemia, se haverá mais fugas de telespectadores ou de senadores para ver os jogos da Copa América.
Poder sem pudor
O “furto” que não houve
Brasília não merece mesmo a fama dos políticos que a frequentam. Quando renunciou ao mandato, na esperança de retornar ao poder pelas mãos dos militares, Jânio Quadros pediu ao ajudante de ordens, major Amarante, que deixasse no Palácio Alvorada um terno e sapatos.
Mais tarde, em 1978, conforme relato de Murilo Melo Filho em seu soberbo “Tempo Diferente” (ed. Topbooks, Rio, 295 pp.), Jânio contaria uma lorota à revista Manchete:
“A Presidência da República não me deu nada. Pelo contrário, andou me tirando. Lá, furtaram-me um terno, uma camisa e um par de sapatos...”
Colaboram: André Brito e Tiago Vasconcelos
SUGERIMOS PARA VOCÊ:
Cláudio Humberto,por Cláudio Humberto