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TRIBUNA LIVRE

Desafios dos Distritos Criativos na transformação das cidades

| 02/06/2021, 08:57 h | Atualizado em 02/06/2021, 09:38
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


No debate sobre cidades criativas uma política urbana que se consolida é a de criação dos Distritos Criativos (DC), vistos como locais da malha urbana que recebem um olhar especial para o desenvolvimento dos setores da inovação e da economia criativa. Uma avaliação destes espaços sugere perfis que os caracterizam.

A localização, por exemplo, indica que a prioridade tem sido a instalação em regiões degradadas da cidade, em área abandonada por motivos de mudança de matriz econômica ou de moradia.

Aqui, o objetivo do DC é transformar estes locais de espaços negativos em ambientes atrativos. Para tanto, e esta é outra característica, promove-se nestes espaços uma forte concentração de negócios e atividades criativas, por meio de políticas de incentivo, de concessões fiscais e de outros instrumentos que ofereçam vantagens comparativas aos negócios do setor.

Mesmo com esta concentração de negócios do setor criativo estes locais não são exclusivos de uma função produtiva. É importante, e esta é outra característica, que sejam de uso misto, como ambientes de moradia, trabalho e lazer.

Essa convivência urbana intensa de pessoas, negócios e valores diferentes é fundamental para o despertar da criatividade, palavra-chave do Distrito, que por sua vez é fruto da diversidade cultural, de ambientes, de negócios, de serviços e produtos.

Assim, é fundamental a promoção desta diversidade, tanto na atração dos negócios, mas também no estímulo de normas de convívio, de flexibilidade e tolerância na vida cotidiana.

Este ambiente de convivência e respeito entre diferenças culturais, produtivas e de valores, resulta em renovação e modernização, como igualmente é de uma sociedade e economia diversas que aparecem a inovação e a transformação.

Não são apenas áreas degradadas as escolhidas para sediarem DC, como os criados em áreas portuárias, caso de Recife. Também há a criação em áreas destacadas pelo seu perfil turístico, histórico e cultural, como o DC de Iracema em Fortaleza.

Não são áreas escolhidas ao acaso, precisam ter memória histórica e herança cultural afim aos princípios da economia criativa, que agregue valor à região e deem base ao desenvolvimento do DC.

No Espírito Santo ainda não temos nenhum DC criado, embora seja um setor em crescimento e não falte locais com características necessárias para política de sucesso.

Precisamos de financiamento acessível, com prazo e carência, condições estruturais como espaços modernos equipados para trabalho compartilhado, ações que vão além da oferta de cursos, oficinas e capacitação.

Precisamos de políticas sistêmicas que deem sustentação a cadeia produtiva da economia criativa, dando apoio a produção, a divulgação e a comercialização final dos produtos e serviços.

É preciso dar um passo na direção de um modelo exitoso de Distrito Criativo, que vire referência e influencie a sua difusão pelos municípios.

ELIOMAR MAZOCO é historiador, especialista em Políticas Públicas.
 

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