“Moradores da Ilha do Frade contrataram segurança privada, que fica numa guarita no início da ladeira de entrada. Até aí (quase) tudo bem, pois não cabe à sociedade civil fazer policiamento privado em vias públicas. Mas há outro ponto que já passou da hora de ser discutido: os seguranças do bairro podem simplesmente fechar uma das vias de acesso, deixando somente uma mão para subir e descer?”.

O questionamento é do economista João Vicente Pedrosa Moreira, que mora no bairro Jardim da Penha, em Vitória.

Barreiras e cones instalados na entrada da Ilha do Frade, em Vitória |  Foto: João Vicente Pedrosa Moreira

Segundo ele, há diversos transtornos em razão deste bloqueio de pista realizados pelos seguranças contratados.

O morador destaca: “Engarrafamento nos finais de semana, dificuldade de acesso de bicicletas, pedestres que têm que correr para não serem atropelados e tudo isso só para a segurança dos abastados moradores locais”.

João Vicente afirma que está na hora do poder público fazer algo. “Isto lembra muito as milícias urbanas, que fecham os bairros periféricos com o mesmo objetivo, que é a segurança, o que é lamentável”, ressalta.

A Secretaria de Segurança Urbana da Prefeitura de Vitória informa que a Gerência de Operações e Fiscalização no Trânsito da Guarda Civil Municipal de Vitória foi autorizada a fazer a interdição parcial (meia pista), para controle de fluxo, da avenida Desembargador Alfredo Cabral, no bairro Ilha do Frade, no período de 27 de novembro de 2020 até 27 de maio de 2021, visando garantir a segurança.

Posteriormente, esclarece, a administração recebeu pedido de renovação da interdição parcial até 28 de novembro de 2021.