Dois fatores explicam o sucesso de um time de futebol: a estratégia e o talento.

Um grupo com jogadores acima da média, por si só, não garante o êxito do trabalho. E o plano tático precisa da mínima qualidade individual para competir em alto nível. A união dos dois decodifica o DNA dos vencedores. Por isso, e só por isso, é possível crer na vitória sobre um oponente mais qualificado. Porque uma boa estratégia, cumprida com mínimo de talento, pode produzir resultados expressivos.

E exemplos não nos faltam para entender que o resultado de um jogo não vem do acaso.

A retórica serve, sobretudo a torcedores de Botafogo e Vasco, clubes que hoje carregam o peso de ter que terminar o ano entre os quatro primeiros da Série B.

Nenhum dos dois tem time qualificado o suficiente para embalar a certeza do retorno à Série A. E também não tem dinheiro para reforçar o elenco.

Estratégia
Terão mesmo que confiar na estratégia de seus treinadores, o que aumenta e muito a responsabilidade dos técnicos Marcelo Chamusca e Marcelo Cabo.

E sem jogadores da parte de cima da prateleira, será difícil assistir a jogos com futebol virtuoso ou grandes espetáculos. Será preciso paciência e resignação.

Torcedores do Botafogo cobram mais qualidade do time e já não creem no trabalho de Chamusca. A diretoria avalia a questão, certa de que é preciso não se desconectar da realidade.

Sabe-se que o trabalho começou rigorosamente do zero e que num clube economicamente inviável os resultados custam a aparecer.

Vasco, também Cruzeiro, Coritiba e Goiás, vivem dilema semelhante. A diferença talvez seja a existência de uma base mais experimentada. Mas são times que têm dificuldades para exibir um jogo confiável. E buscarão o retorno à Série A com a crença na estratégia que for possível executar por elencos apenas medianos – ou medíocres.

Investimento
Com a venda de Talles Magno para o Grupo City, o Vasco tratou de comprar logo 70% dos direitos econômicos do versátil MT, que passa a ser chamado de Matheus Nunes.

Meia-atacante de origem, o jogador que estava emprestado pelo Volta Redonda já atuou de volante e lateral. Conforme previsto em contrato, o clube pagou R$ 600 mil à vista pelo negócio.

Jogo duro
Não prosperou a tentativa da Federação de fazer o Fla-Flu da final do Carioca em Brasília e com torcida no estádio. Mário Bittencourt, o presidente do Fluminense, não deu o aval.