Aprendizados que o coronavírus nos deixou até o momento
Leitores do Jornal A Tribuna
Vivemos um desafio à saúde mundial com a pandemia da doença respiratória denominada de Coronavirus Disease 2019 (Covid-19), em dezembro de 2019.
O vírus causador da doença é designado de SARS-Cov-2 e é do mesmo subgênero do que causou a síndrome da insuficiência respiratória aguda grave (SARS), na China em 2003, e da síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS), no Oriente Médio em 2012.
O epicentro da atual pandemia foi a província de Hubei, na República Popular da China, sendo disseminada para todo o globo terrestre, e declarada como emergência a saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Janeiro de 2020, tendo sido monitorada em tempo quase real pela Universidade Johns Hopkins.
Após sua característica principal, que são grandes inflamações no sistema respiratório, os pacientes que necessitam de cuidados intensivos podem desenvolver síndromes, e mesmo os não graves, passam por limitações no sistema musculoesquelético e redução da capacidade cardiorrespiratória, com atenção principal aos danos ao coração que podem ocorrer no pico da doença.
As limitações no sistema musculoesquelético, apresentam-se como alta taxa de enfraquecimento e diminuição da contração voluntária máxima, tanto de músculos inferiores, como superiores, mesmo em pacientes que não possuíam qualquer comorbidade prévia ao acometimento da Covid-19, sendo a alta prevalência dessa diminuição da força e capacidade física, um indicativo da necessidade de reabilitação física para retorno as atividades de vida diária.
Pandemias são estudadas pela ciência há mais de século, e as pesquisas atuais apontam proposições para a prevenção e redução de danos.
Há mais de um ano, medidas como o distanciamento social, fechamento de escolas, trabalho remoto e busca pela vacina são divulgadas por instituições competentes e baseando-se na ciência mais atual disponível.
Sabe-se que essa é uma doença grave, que pode levar a parada respiratória, danos no miocárdio e parada cardíaca, sendo diferente e mais séria do que outras doenças respiratórias conhecidas, não se trata de uma pequena gripe.
No último dia 7 de abril, o Brasil liderava o ranking de mortes com 4.211 em 24h, sendo responsável por 47% das mortes mundiais, ou seja, com apenas 2,8% da população mundial, respondia por metade das mortes.
Atualmente, temos o total de mais de três milhões de mortos no mundo, com o Brasil amargando um segundo lugar trágico, com mais de 380 mil mortes, segundo dados do Coronavirus Resource Center da Universidade Johns Hopkins.
Entre aqueles que passam com vida por esta experiência, que cada dia atinge mais a humanidade, várias sequelas são descobertas. Precisa-se identificar estes danos e tratar com a ajuda de profissionais da saúde responsáveis.
Enquanto sociedade, há a necessidade de seguirmos os procedimentos de países que estão conseguindo zerar seus casos, com medidas de isolamento e vacinação em massa, evitando o surgimento de novas variantes, além do investimento contínuo em ciência e educação para a prevenção e preparo contra novas possíveis pandemias.
LEONARDO PEROVANO CAMARGO é doutorando em Educação Física pela Ufes.
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