Cabo da PM que matou a mulher vai continuar preso
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O cabo da Polícia Militar, acusado de matar a própria mulher, a professora Kátia Matos da Silva Pereira, de 49 anos, com um tiro na cabeça, na noite de domingo, teve a prisão preventiva decretada, na manhã desta segunda-feira (12).
Márcio Borges de Ferreira, de 41 anos, foi preso em flagrante e autuado por feminicídio e levado para o Quartel da PM, em Maruípe. No início da manhã, ele passou por uma audiência de custódia no Centro de Triagem de Viana (CTV) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Como justificativa para a conversão da prisão, o juiz responsável, Roberto Luiz Ferreira dos Santos, considerou que a liberdade do acusado poderia atrapalhar as investigações. Ele também considerou a possibilidade de fuga do réu, caso ele fosse colocado em liberdade.
“A liberdade do autuado,, neste momento, se mostra temerária e a prisão preventiva oportuna, uma vez este em liberdade poderá voltar a cometer atos da mesma natureza, intimidar testemunhas e se evadir do distrito de culpa, estando evidente, em cognição sumária, o periculum libertatis no caso concreto. Ante o exposto, converto a prisão em flagrante em preventiva do autuado", diz a decisão
A validade do mandado de prisão preventiva, solicitado pelo juiz, possui um prazo de validade até 10/04/2041, considerando o prazo prescricional.
Relembre o caso
A professora Kátia Matos da Silva Pereira, de 49 anos, foi morta com um tiro na cabeça na noite de domingo (11), no bairro Jardim da Penha, em Vitória.
O marido da professora, um cabo da Polícia Militar foi preso em flagrante pelo crime. Márcio Borges Ferreira, 41 anos foi autuado por feminicídio e está no presídio do Quartel da PM, em Maruípe, também na capital.
O crime aconteceu no apartamento da família. A professora foi baleada na região da testa. A filha do casal, de 10 anos, presenciou tudo.
Na decisão, que manteve a prisão do militar o juiz Roberto Luiz Ferreira dos Santos citou trechos do auto de prisão. Segundo o documento, o cabo teria "chegado ao prédio onde residia com a vítima, sua companheira, e, conforme relato de testemunhas, teria a arrastado no corredor do prédio pelos cabelos e a jogado no interior da residência, a trancando no local. Ainda na residência, o indiciado teria sacado sua arma e atirado duas vezes contra a vítima que veio a óbito".
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