Bandidos torturaram e filmaram assassinato de motorista de aplicativo em Guarapari
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A polícia revelou que enquanto três criminosos executavam o motorista de aplicativo Amarildo Amaro Freire com requintes de crueldade na zona rural de Guarapari, um deles filmou o assassinato.
Dos três criminosos, um é menor de idade e a crueldade aplicada no crime por eles chocou até mesmo a equipe policial.
“Em crimes contra o patrimônio, eu nunca tinha visto uma violência tão intensa, numa intenção tão grande de matar. Eles tinham opções, mas a escolha foi pela morte cruel da vítima”, contou o delegado titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais de Guarapari (DEIC), Guilherme Eugênio.
Os criminosos criaram perfis falsos em uma plataforma de transporte e chamaram a corrida do motorista do bairro Itapebussu, com destino à Santa Rosa, onde renderam Amarildo com uma arma de fabricação caseira calibre 12.
Após isso seguiram até a região entre São Félix e Rio Calçado, na zona rural de Guarapari, onde tomaram a direção do veículo do Amarildo e o colocaram no porta-malas. Após percorrerem muitos quilômetros, o amarraram e tentaram o obrigar a promover depósitos bancários.
Em um momento, quando Amarildo tentou fugir empurrando um dos criminosos, um dos maiores de idade efetuou um disparo no rosto da vítima.
Um dos maiores teria filmado a ação narrando o ocorrido para enviar para uma ex-namorada, como forma de ameaça. Após a execução, os criminosos esconderam o corpo com bambus, segundo o delegado.
O celular que registrou as imagens foi destruído e a perícia trabalha para recuperar essas imagens. A polícia revelou que todos os relatos foram passados pelos próprios criminosos em atos filmados e na presença dos advogados.
O valor furtado de Amarildo foi de apenas R$60. Os criminosos confessaram que não tinham o objetivo de vender o veículo, mas apenas de usá-lo em passeios e para frequentar festas.
Os dois criminosos maiores de idade responderão por latrocínio. Além disso, responderão por ocultação de cadáver, roubo com privação de liberdade, uso de arma branca e arma de fogo e corrupção de menores. O menor foi enviado para o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (IASES).
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